PIS/PASEP: Quem será prejudicado com atraso no pagamento de R$ 1.100?

Pontos-chave
  • O governo adiou o pagamento do PIS/Pasep para 2022;
  • Isso vai prejudicar cerca de 10,8 mil trabalhadores;
  • O benefício é como um 14º salário para pessoas que ganham até dois salários mínimos.

O adiamento do pagamento do PIS/Pasep vai prejudicar cerca de 10,8 milhões de brasileiros. O governo federal definiu que o pagamento vai acontecer apenas em 2022, e o valor pago será entre R$ 92 a R$ 1.100, conforme o período trabalhado em 2020.

PIS/PASEP: Quem será prejudicado com atraso no pagamento de R$ 1.100?
PIS/PASEP: Quem será prejudicado com atraso no pagamento de R$ 1.100? (Imagem: Agência Brasil)

Sendo assim, o governo não vai repassar esse ano entre R$ 7,6 bilhões e R$ 8,1 bilhões. O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) decidiu adiar o benefício. Foi realizado um acordo entre empresas, trabalhadores e governo. 

De acordo com Adilson Araújo, integrante da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), o governo solicitou o adiamento do PIS/Pasep 2021 aos mais de 10,8 milhões de beneficiários. 

Conforme informou Araújo, “concordamos em fazer um esforço para escapar de um mal maior”, comentou sobre o adiamento.

Estão inclusos nesse montante, todos aqueles que trabalharam por no mínimo 30 dias em 2020 com carteira assinada e estão dentro de todos os outros requisitos.

O que é PIS/PASEP?

O abono salarial é o PIS/Pasep é pago para os trabalhadores com registro na carteira de trabalho. Repassado todos os anos. 

O PIS é pago para os trabalhadores de empresas privadas pela Caixa. E o PASEP pago para os funcionários públicos pelo Banco do Brasil.

PIS/PASEP: Quem será prejudicado com atraso no pagamento de R$ 1.100?
PIS/PASEP: Quem será prejudicado com atraso no pagamento de R$ 1.100? (Imagem: Minne Santos)

Quem pode receber?

Podem receber o abono salarial, os brasileiros que trabalharam por pelo menos 30 dias, com carteira assinada, no ano de 2020. 

Além disso, o ganho deve ter sido de no máximo dois salários mínimos por mês, durante o período em exercício. 

O trabalhador também precisa estar inscrito no PIS há pelo menos cinco anos e a empresa deve ter informado os dados do empregado de forma correta ao governo brasileiro. 

Qual o valor de saque no abono salarial?

O valor pago varia de R$ 92 até um salário mínimo, ou seja, R$1.100, de acordo com o tempo de trabalho. Para saber quanto vai receber, basta multiplicar a quantidade de meses atuando por R$ 92. 

Como saber se tenho direito?

Os beneficiários podem saber se possuem direito das seguintes formas:

PIS (trabalhador de empresa privada): 

Por meio do aplicativo Caixa Trabalhador No site da caixa (www.caixa.gov.br/PIS), clique em “Consultar pagamento”. Pelo telefone de atendimento da Caixa: 0800 726 0207 

Pasep (servidor público): 

Pelos telefones da central de atendimento do Banco do Brasil: 4004-0001 (capitais e regiões metropolitanas); 0800 729 0001 (demais cidades) e 0800 729 0088 (deficientes auditivos).

Como sacar?

Os beneficiários que não possuem conta nos bancos, podem ir até um caixa eletrônico, com o cartão cidadão e a senha para sacar o dinheiro. Aqueles que não tem o cartão pode receber o valor em qualquer agência da Caixa, mas é preciso levar documento de identificação com foto, CPF e carteira de trabalho. 

Aqueles que possuem dúvida e querem saber se tem direito ao PIS, o trabalhador pode telefonar para a Caixa no 0800-726-02-07 ou acessar o site. Para a consulta, é necessário ter em mãos o número do NIS (PIS/Pasep).

Os servidores que recebem Pasep devem verificar se houve depósito em conta no Banco do Brasil. Caso isso não tenha ocorrido, basta procurar uma agência do BB para regularizar a situação. Mais informações sobre o Pasep podem ser obtidas pelo telefone 0800-729 00 01, do Banco do Brasil.

Recriação do benefício por redução de salário

O Condefat é um Órgão formado por representantes do governo, empresas e trabalhadores.

O governo defendeu no Codefat o adiamento do abono e colocou a medida como condição para recriar outro programa, o Benefício Emergencial (BEm)

O benefício foi criado pelo governo no ano passado para os trabalhadores que acabaram ficando com o seu salário reduzido, assim como o tempo de jornada.

Liberação de R$7,6 bilhões ao governo

Com o agravamento da pandemia causada pelo novo coronavírus, aumentou a pressão para que o governo recrie o benefício, mas é necessário encontrar o dinheiro para que isso seja feito. Apenas o BEm custou aos cofres público em R$33,5 em 2020.

O Orçamento deste ano, que ainda não foi votado, tem uma previsão de gastos de cerca de R$ 18,1 bilhões com o abono, mas R$ 10,5 bilhões já foram usados para pagar o restante do calendário anterior do abono, para quem trabalhou em 2019. Assim, o adiamento do abono libera R$ 7,6 bilhões de gastos do governo em 2021.

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