Serasa pode pagar multa de R$200 MILHÕES após vazamento de dados

Vazamento de dados pelo Serasa deverá resultar em multas no valor de R$ 200 para a população. Nessa semana, uma reportagem especial do portal Estadão relevou que o Instituto Brasileiro de Defesa da Proteção de Dados Pessoais Sigilo entrou em ação judicial contra o Serasa Experian após a liberação do CPF e CNPJ de mais de 40 milhões de brasileiros.

Serasa pode pagar multa de R$200 MILHÕES após vazamento de dados (Imagem: Reprodução/Google)
Serasa pode pagar multa de R$200 MILHÕES após vazamento de dados (Imagem: Google)

Nas últimas semanas, parte significativa da população brasileira foi surpreendida ao ver que dados de identificação pessoal como o CPF e até o RG estavam disponíveis na internet.

O mega vazamento de dados pelo Serasa virou assunto central na imprensa, tendo em vista que até mesmo os registros do presidente Jair Bolsonaro ficaram à amostra.

Liberação vira investigação na justiça

Diante do ocorrido, o Instituto Brasileiro de Defesa da Proteção de Dados Pessoais Sigilo entrou com um processo contra o Serasa, o acusando de responsável pela liberação dos documentos.

A ação solicita que o órgão pague uma multa total no valor de R$ 200 milhões para quem teve seus informes expostos.

O processo vem sendo analisado na 22ª Vara Cível Federal de São Paulo e deverá analisar todos os 200 milhões de CPFs e 40 milhões de CNPJs que foram, teoricamente, disponibilizados pela empresa.

Entre as solicitações, seu texto determina que o órgão deverá pagar R$ 15 mil a cada cidadão que, comprovadamente, tenha seus dados utilizados de forma indevida mediante a liberação.

Sendo aprovada, a liminar dará ao Serasa um prazo de até 48h para que os devidos esclarecimentos sejam prestados. A multa diária pelo silêncio será de R$ 10 mil.

Serasa se isenta da responsabilidade

Até o momento, a instituição não se pronunciou sobre o processo. No entanto, na última semana, liberou a seguinte retirando as acusações:

“A Serasa Experian está conduzindo uma detalhada investigação sobre as recentes notícias na mídia sobre dados que estão sendo oferecidos ilegalmente para venda na internet, alguns dos quais alegam serem dados de marketing da empresa. Os dados até então disponibilizados incluem fotos, cadastros de INSS, registros de veículos e informações de login em mídias sociais, os quais a Serasa não coleta, nem possui. Não há evidências de que dados de crédito positivos ou negativos tenham sido obtidos ilegalmente na empresa. Apesar das investigações detalhadas conduzidas até o momento, não há nenhuma evidência de que nossos sistemas tenham sido comprometidos“.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.