Salário de servidores pode ser congelado por três anos para bancar auxílio emergencial em 2021

Governo avalia a possibilidade de congelar salário de servidores para manter o pagamento do auxílio emergencial. Na última semana, o presidente Jair Bolsonaro confirmou que irá conceder uma nova rodada do coronavoucher. No entanto, para isso, deverá aplicar uma série de cortes na administração pública para poder se manter dentro do teto orçamentário.

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Salário dos servidores pode ser congelado por 3 anos para bancar auxílio emergencial 2021 (Imagem: Reprodução/Google)

A renovação do auxílio emergencial é uma pauta em debate desde o fim de 2020, mas foi fortemente intensificada diante da definição dos novos lideres da Câmara dos Deputados e do Senado.

Passadas as eleições em ambas as casas, a oposição política de Bolsonaro passou a pressiona-lo para definir como será concedida a extensão do benefício.

Até o momento sabe-se que de novas parcelas com o valor de aproximadamente R$ 250 serão liberadas por mais três meses. A previsão é de que a primeira rodada seja concedida já em março, sendo a última marcada para o fim de maio.

Orçamento para manutenção do auxílio emergencial

Apesar do texto da proposta parecer simples, tendo em vista sua realização em 2020, há uma série de entraves antes de sua implementação.

O Ministério da Economia precisa definir de onde será o repasse responsável por custear as novas parcelas.

Questionado sobre, Paulo Guedes informou que nesse momento a principal alternativa viável será a redução de gastos na administração pública.

Entre as ações que devem ser implementadas, o ministro citou a possibilidade de congelar os salários dos servidores federais durante um período de três anos.

A justificativa utilizada por Guedes é de que a medida será necessária para evitar o aumento do endividamento do país. De acordo com ele, em 2020 a dívida bruta foi de 89,3% (PIB) e deverá ser ainda maior em 2021 já que novamente há uma expectativa de déficit nas contas públicas.

O gestor ainda não informou as delimitações quanto aos cortes e congelamento de salários, alegando que todas as possibilidades estão sendo primeiramente debatidas entre sua equipe para evitar grandes falsos alardes na imprensa.

A previsão é de que a pauta seja encerrada ainda nesse mês de fevereiro para que já em março o benefício passe a ser concedido para a população.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.