O método Teoria de Resposta ao Item (TRI), usado tanto no Enem 2020 impresso quanto digital, é bastante diferente da correção aplicada na maioria dos vestibulares brasileiros. Nele, a nota não é atribuída de 0 a 10.
Muitos estudantes ficam em dúvida quanto à correção da prova do Exame Nacional do Ensino Médio.
Principalmente quando fazem a correção pelo gabarito e esperam uma nota, mas acabam com outra. Isso acontece por conta do método usado para a correção das provas.
Entenda o método TRI, usado no Enem 2020
Na Teoria de Resposta ao Item, não é simplesmente o número de questões acertadas pelos candidatos que é analisado.
Mas outros fatores também entram nessa conta. Nesse método, cada questão é testada previamente por um grupo de estudantes e então classificada em fáceis, médias e difíceis.
Esse teste acontece quando as perguntas entram para o banco de questões e não quando são selecionadas para as provas.
É esperado que o estudante acerte muitas questões fáceis. Daí então, parte a análise feita pelo TRI.
Quando ele acerta muitas questões classificadas como difíceis e erra muitas fáceis, o sistema entende que ele “chutou” e a nota acaba caindo.
Para entender melhor o método, observe o seguinte: a prova é elaborada para que a média nacional seja de 500 pontos. Quando ele acerta mais questões que a média nacional, a pontuação vai subindo.
Por que será usado o método TRI no ENEM 2020?
Essa metodologia é usada para diminuir o “chute” dos estudantes. Lembrando que não é errado chutar nas questões que não se sabe, mas isso pode fazer com que a nota seja menor.
Em resumo, o que acontece nessa metodologia é a busca por um resultado “coerente”.
É esperado que: Se um estudante consegue responder a uma questão geometria analítica, assunto classificado como difícil, ele também deve ser capaz de fazer cálculos simples.
Felipe Couto, professor de português e diretor pedagógico de um grande colégio em Niterói, afirma que esse é o melhor método de avaliação para um exame da dimensão do Enem.
“Se houvesse uma pontuação fechada, haveria muitas pessoas com a mesma nota”, afirmou Couto.