O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta quinta, 11, que em meio a pandemia do coronavírus, o índice de atividades turísticas caiu 36,7% no ano passado em comparação com o mesmo período de 2019.
O baixo desempenho do setor de turismo foi influenciado, principalmente, pelos setores de restaurantes, transporte aéreo, hotéis, transporte rodoviário coletivo de passageiros, catering, bufê e outros serviços de comida preparada e agências de viagens.
Todas as 12 unidades da federação pesquisadas pelo IBGE obtiveram índices negativos. Os destaques ficam para São Paulo (-40,0%), seguido por Rio de Janeiro (-30,9%), Minas Gerais (-35,2%), Bahia (-37,2%) e Rio Grande do Sul (-43,3%).
Na passagem do mês de novembro para dezembro, o indicador permaneceu estável, o que interrompeu 7 altas seguidas.
“Todas aquelas atividades de caráter presencial, como transporte aéreo de passageiros, restaurantes, hotéis, locações de automóveis e agências de viagens, puxaram o indicador para baixo, fazendo com que ele ficasse estável nesse mês”, diz o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
Quando comparamos com dezembro de 2019, uma queda de 29,9% no indicador é detectada.
O setor de turismo foi um dos mais atingidos pela pandemia do coronavírus dentro do universo de prestação de serviços, em especial, os segmentos de alojamento, alimentação, serviços prestados às famílias e transportes.
Segundo o IBGE, o segmento de turismo ainda precisa crescer 42,9% para voltar ao patamar de fevereiro de 2020, último mês antes do estouro da pandemia do coronavírus.
“Há uma correlação do turismo com o caráter presencial da prestação de serviços. Isso fica evidente quando a gente olha para os segmentos mais afetados pela pandemia”, ressaltou Lobo.
A vacinação em massa da população brasileira é a principal maneira do setor do turismo recuperar os patamares mais altos.
“É impossível dissociar uma recuperação dos serviços da questão sanitária no país. Naturalmente, o que se impõe (sem a vacinação) é uma menor circulação de pessoas e, consequentemente, uma menor prestação de serviços, sobretudo daqueles que dependem do atendimento presencial”, finalizou Lobo.