A taxa de câmbio juntamente com a desvalorização do real e o aumento no preço internacional do petróleo, impactam no custo dos insumos fazendo com que eles fiquem muito altos. Saiba como esse fatores refletiram sobre o preço do gás de cozinha.
Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP), o valor do botijão de gás está custando em média R$76,83 atualmente.
Quando comparamos com o ano de 2011, cenário em que o insumo custava R$38,16, é possível observar que ao longo dos anos o produto passou por um acréscimo de 101,3%.
Em 2020, o gás chegou a passar por um reajuste de 9,24%, representando o dobro dos 4,25% da inflação de 2020.
Motivos do aumento no preço do gás de cozinha ao longo dos anos
Existem pelo menos duas razões que podem explicar este fenômeno no preço do gás: a desvalorização do real, e a mudança no sistema de cálculo no preço do botijão durante o governo de Michel Temer.
Além disto, o Brasil tem como base o mercado nacional e, com as alterações no preço do gás, somado às variações cambiais do dólar, o preço do insumo cresceu de forma gradual. No ano passado, foram cinco reajustes negativos e nove positivos, com alta total de 21,9%.
Como este cálculo se baseia na paridade de importação, pautada em cotação internacional, o bolso do cidadão médio foi o mais impacto. Por outro lado, as empresas aumentaram seus lucros.
Preço do gás com oscilações
Outro fator mexe no preço do gás: a atual política de preços que prevê reajustes desde 2019, sem periodicidade determinada.
Por conta do desfalque no controle de varejo, o preço do gás fica propenso a oscilar dependendo da distribuição e venda de cada local.
O que esperar nos próximos meses
A tendência é que o preço do gás de cozinha permaneça subindo, mesmo com a previsão otimista a respeito da recuperação da economia no Brasil.
A vacinação demorada prejudica a recuperação da economia, pressionando a taxa de câmbio. Isso causa uma desvalorização do real em relação ao dólar. Com isso, gera-se um aumento no custo.