A segunda-feira (8) é marcada pela greve dos professores estaduais de São Paulo conta o retorno das aulas presenciais. 81,8% dos profissionais são contrários à retomada nesse momento em que o Brasil passa pela segunda onda de contágio da COVID-19.
João Dória, governador do estado de São Paulo, já havia adiado retorno das aulas presenciais, previsto para 1º de fevereiro, para o dia 8, hoje.
Acontece que os professores não se sentem seguros para retornarem às atividades presencias nesse momento.
Sindicatos contra o retorno das aulas presenciais
A decisão pela greve foi anunciada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo – Apeoesp.
O que os professores alegam é que as escolas não têm condições sanitárias de receber os estudantes.
Além do fato de já haver professores e funcionários contaminados. Para se ter uma ideia, durante o período em que as escolas tinham autorização para realizar as atividades extracurriculares presencialmente, foram registrados 147 casos de COVID.
“Há escolas com infiltrações, salas de aulas que não oferecem o distanciamento necessário, sem ventilação necessária, tudo na contra mão de um ambiente seguro e saudável”, afirmou a presidente do Sindicato e deputada estadual, Bebel Noronha.
Os profissionais questionam o retorno justamente no momento em que diversas cidades do estado passaram para a fase vermelha de novo. Fase essa em que as medidas são bem mais restritivas.
“Quando a curva não estava tão alta como agora, o governo propôs aula virtual e agora é presencial? Isso para mim não tem lógica”, completou Noronha.
Governo a favor do retorno das aulas presenciais
Sobre o retorno o secretário Estadual de Educação de São Paulo, Rossieli Soares afirmou que “os dados dos sindicatos são mentirosos em muitos aspectos, eles transbordam suas funções e não querem trabalhar com dados oficiais”.
O secretário afirmou que as escolas estão preparadas e que os professores que não comparecerem hoje às unidades escolares receberão falta.
Rossieli ainda ressaltou que se considerarmos a educação como essencial, o retorno deveria acontecer, pois os serviços essenciais não pararam.
Pensando assim, um plano de retorno foi criado. Que prevê até mesmo a redução do número de estudantes em sala de aula.
“O que não dá é para deixar que o receio nos impressa nesse momento, o receito tem que servir nesse momento, o medo, para que se cumpra todos os protocolos”, afirmou o secretário.
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