Instabilidade na agenda social do país o coloca de volta no mapa da fome. Diante da ausência de definições sobre como funcionará o Bolsa Família em 2021, o Brasil vem retomando um ritmo desacelerado no que diz respeito ao crescimento da pobreza e extrema miséria. Mesmo com o projeto em funcionamento, a população ainda não sabe se seus benefícios serão mantidos.
As atualizações dentro do sistema de funcionamento do Bolsa Família vêm sendo pauta no governo do presidente Jair Bolsonaro desde o início de sua gestão, em 2019.
No entanto, os últimos 12 meses agravaram fortemente a existência do projeto, devido a possibilidade de criação de novas propostas que deveriam o substituir.
Mudanças na agenda social
Até o primeiro semestre de 2020, o Bolsonaro e sua equipe vinham trabalhando fortemente para a implementação de um novo programa social, intitulado de Renda Brasil. Porém, a iniciativa foi fracassada, sob problemas na definição de sua folha orçamentária.
Logo na sequencia uma nova solução surgiu, o chamado Renda Cidadã. A ideia é que o programa funcionasse de modo similar ao Renda Brasil, mas abarcando um número menor de pessoas e reduzindo seus custos. No entanto, o orçamento também não foi delimitado.
Bolsa Família mantido
Entre idas e vindas, após uma série de críticas da imprensa e de sua oposição política, Bolsonaro informou que manteria o Bolsa Família, mas aplicaria correções em seu sistema.
Em seu planejamento, o presidente alegou ter o interesse de criar novos abonos e reformular a forma como as pessoas são cadastradas.
Na última semana, o gestor informou então que estará encerrando o funcionamento das unidades de atendimento presenciais do Bolsa Família em cada cidade. De acordo com o ministério da cidadania, a partir de agora a única forma de inclusão no projeto será por meio do CadÚnico Digital.
No entanto, até o momento não foram liberados grandes detalhamentos sobre. Desse modo, a população permanece recebendo seus salários segundo as regras do projeto já em vigor.
Ainda não há uma previsão de inclusão de aceitação dos segurados do auxílio emergencial, que precisão de suporte financeiro com o fim do programa.
Outro ponto importante é o silêncio sobre os mais de 1 milhão de brasileiros aguardam nas filas de aceitação do Bolsa Família.
Diante de tantas incertezas e indefinições, o país permanece aumentando os índices de pobreza a deve permanecer no Mapa da Fome, estatística que vinha sendo reduzida nos últimos seis anos.