Segundo uma pesquisa divulgada pela Datafolha, 7 em cada 10 brasileiros ficaram sem renda após o fim do auxílio emergencial. E, até o momento, não conseguiram encontrar outra fonte de renda para substituir a ajuda financeira do governo.
O auxílio emergencial começou a ser pago no mês de abril de 2020, após o país adotar medidas de restrições sociais para o controle de contaminação da Covid-19. Os pagamentos foram até o mês de dezembro, somando nove parcelas.
O fim do auxílio emergencial foi em dezembro e, com isso, muitos brasileiros sem nenhum recurso financeiro para enfrentar a 2ª onda da doença. Quase metade da população brasileira, cerca de 40%, solicitou o auxílio emergencial.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Datafolha, entre os dias 20 e 21 de janeiro, mostrou que 7 em cada 10 brasileiros que receberam o auxílio afirmaram não ter conseguido um substituto para a renda.
Esse dado significa que 69% dos brasileiros que estavam mantendo a família com a ajuda governamental ainda não encontraram outra maneira para garantir a alimentação e moradia dos seus dependentes.
A pesquisa realizada com 2.030 pessoas em todo o Brasil também mostrou que, dos beneficiários que receberam os pagamentos em 2020, apenas 38% afirmaram ter conseguido economizar parte do valor recebido.
Ainda há grupos, do Ciclo 5 e 6 que estão recebendo parcelas do auxílio que foram depositadas em dezembro na conta Poupança Social Digital. Porém, a grande maioria não está mais recebendo nenhuma ajuda financeira.
Diante disso, no mês de dezembro, 14% afirmaram ter tido aumento na renda com o auxílio e 51% disseram que tiveram perda na renda após o fim do benefício. No mês de janeiro, segundo o Datafolha, esse percentual aumentou para 58%.
O auxílio emergencial garantiu a manutenção da renda familiar para 34% dos entrevistados no mês de dezembro. Na pesquisa deste mês, o percentual caiu para 29%, mostrando que agora há menos brasileiros com o mesmo nível de renda de 2020.
Há uma pressão dos parlamentares para a aprovação de mais uma prorrogação do benefício, porém, o Ministério da Economia afirma que essa medida é um risco para a política econômica e a dívida externa, o que resultaria em grandes perdas na economia brasileira e agravamento na crise.