INSS trava 1,7 milhão de pedidos e aumenta tempo de espera por concessão

O Instituto Nacional do Seguro Social finalizou 2020 com quase 1,7 milhão de pedidos aguardando o atendimento ou o resultado da solicitação. Atualmente, segundo o INSS, o tempo médio para a concessão de benefícios é de 66 dias.

INSS trava 1,7 milhão de pedidos e aumenta tempo de espera por concessão
INSS trava 1,7 milhão de pedidos e aumenta tempo de espera por concessão (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Segundo dados do Instituto, desse quantitativo, 1,2 milhão são para a primeira análise dos requerimentos e 477 mil necessitam cumprir as exigências solicitadas pelo INSS para poder ter direito aos pagamentos dos benefícios.

Devido a esse grande quantitativo de pedidos em espera, o órgão informou que está ampliando o número de servidores para poder agilizar a análise e concessão das solicitações, para que assim todos os segurados possam ser atendidos dentro do prazo legal.

Dessa maneira, a ideia é que com essa medida seja possível diminuir o tempo de concessão, que atualmente é de 66 dias. Segundo a lei, os pedidos devem ser analisados dentro de um prazo de 45 dias.

Sendo assim, o INSS não está conseguindo cumprir o que a lei determina. Durante os meses de junho a setembro o Instituto conseguiu cumprir o prazo de 45 dias. Porém, a partir do mês de outubro o tempo de espera voltou a subir permanecendo até dezembro.

Acre e o tempo de espera no INSS

Há regiões que a situação é ainda pior. No Acre, por exemplo, o tempo de espera para a concessão do benefício chega há 97 dias. Dessa maneira, é mais que o dobro de tempo determinado por lei.

No mês de novembro foram constatadas que os estados do Amapá (85 dias) e Tocantins (81 dias), junto com o Acre, eram as regiões que possuíam os maiores tempo de espera. Para piorar a situação, nenhum estado tinha um tempo médio de espera dentro do determinado.

O estado com o menor tempo de espera, no mês de novembro, era o Mato Grosso do Sul com 51 dias. Mesmo assim, eram seis dias a mais do que o previsto por lei. Esse alto número é devido aos cinco meses que as agências do INSS ficaram fechadas.

Para piorar, os atendimentos só foram retomados no mês de setembro de forma gradual e com diversos problemas, como falta de médico perito e dificuldade para o agendamento pelas plataformas digitais.

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Glaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.