Negociações para manter o auxílio emergencial são pautas no Congresso Nacional. Nem mesmo estando de férias os parlamentares se isentaram do interesse de manter o coronavoucher ao longo do primeiro semestre deste ano. O assunto está sendo fortemente debatido em Brasília, e pode se tornar uma realidade em breve.
Manter ou não o auxílio emergencial acabou virando uma decisão para além das forças do presidente Jair Bolsonaro. Mesmo se posicionando contrário a proposta, o chefe de estado deverá receber uma solicitação do Congresso que visa sustentar novas parcelas do benefício.
A ideia de permanência do programa vem sendo defendida como uma forma de reduzir os números de extrema pobreza e miséria no país. Caso o auxílio emergencial seja encerrado no próximo dia 27, como o previsto pela equipe econômica, significa que milhares de brasileiros ficarão descobertos.
Parlamentares podem manter o auxílio emergencial
Diante dos efeitos sociais e econômicos negativos com a suspensão das transferências de renda, o Congresso Nacional estuda a possibilidade de elaborar uma convocação de sessão legislativa extraordinária.
Isso porque, há um grupo de parlamentares que, mesmo de férias, vêm trabalhando a favor da permanência do auxílio.
O senador, Alessandro Viera, apresentou no último dia 6 uma proposta de reunião para a definição do projeto. Segundo ele, a intenção é debater não somente a permanência do auxílio emergencial, como prorrogar o estado de calamidade pública em todo o país.
Viera vem recolhendo uma série de assinaturas em favor da proposta e deverá apresentada para os demais parlamentares em breve. Em apoio, a senadora Zenaide Maia garantiu estar de acordo com o planejamento, sob a afirmação de que ele poderá salvar vidas.
“Sou a favor da suspensão do recesso do Congresso para votação de projetos urgentes, como a prorrogação do estado de calamidade pública e do auxílio emergencial. Era previsível que os impactos da pandemia ainda seriam sentidos neste ano”, disse a parlamentar.
É válido ressaltar que Zenaide é a autora do Projeto de Lei (PL) 2.928/2020, que permite com que o governo possa prorrogar o auxílio para poder enfrentar a crise do novo coronavírus. Até o momento não há um prazo para a definição da proposta, espera-se que ela seja debatida em fevereiro.