ENEM 2020: Defensoria Pública insiste no adiamento da prova no próximo domingo (17)

Faltando 3 dias para o ENEM 2020 os estudantes se deparam com mais um entrave no caminho. A defensoria Pública da União continua a pedir que o seja adiado por conta da pandemia.

ENEM 2020: Defensoria Pública insiste no adiamento da prova no próximo domingo (17)
ENEM 2020: Defensoria Pública insiste no adiamento da prova no próximo domingo (17) (Imagem/Reprodução: Google)

Ontem, terça-feira (12), uma juíza da federal de São Paulo decidiu pela manutenção das provas marcadas para iniciarem no próximo domingo. Com isso, a Defensoria Pública da União recorreu da decisão.

Manutenção do Enem 2020

A decisão da juíza Marisa Claudia Gonçalves Cucio, da 12ª Vara Cível de São Paulo decidiu na manhã da última terça pela manutenção da aplicação das provas do próximo domingo.

A decisão da juíza Marisa foi tomada acatando os argumentos da Advocacia Geral na União.

Segundo a AGU o adiamento traria muitos prejuízos tanto para a União, com o aumento dos gastos; quanto para os estudantes que desejam ingressar no ensino superior.

Em sua decisão, a juíza afirmou que: “há informações suficientes sobre as medidas de biossegurança para a realização da edição 2020 do Enem”.

Para a Justiça Federal, a decisão pela realização do Exame ou não deve ser dos municípios. E, caso uma cidade não tenha condições de realizar as provas, o Inep deverá se responsabilizar pela reaplicação do Exame Nacional do Ensino Médio.

Defensoria Pública e adiamento do Enem 2020

Já para a Defensoria Pública da União, colocar 5,78 milhões de candidatos nas ruas do Brasil é algo muito sério e que deve ser repensado.

João Paulo Dorini, defensor regional de Direitos Humanos da DPU em São Paulo, escreveu no documento, onde pede a revisão da decisão da Juíza Marisa Claudia, que a análise dela foi baseada em dados menores do que do Exame Nacional do Ensino Médio.

“na recente realização de vestibulares regionais para justificar a viabilidade da realização do Enem, de caráter nacional”, afirmou o defensor.

Para a DPU a análise da situação tem que ser feita de forma muito maior do que apenas quanto às salas de aula.

“Não é apenas a área da sala e sua ocupação que afetam a disseminação do coronavírus. A ventilação das salas, por exemplo, também é um fator absolutamente relevante e que está sendo desconsiderado. Uma sala sem ventilação adequada, ainda que com menos pessoas, pode representar um risco muito maior”, disse Dorini.

Contrários a realização do exame também, 45 entidades cientificas se uniram e prepararam uma carta endereçada ao ministro da Educação, Milton Ribeiro.

Nela demonstram a preocupação com a manutenção do exame nesse momento de pandemia.

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Jamille Novaes
Baiana, formada em Letras Vernáculas pela UESB, pós-graduada em Gestão da Educação pela Uninassau. Apaixonada por produção textual, já trabalhou como corretora de redação, professora de língua portuguesa e literatura. Atualmente se dedica ao FDR e a sua segunda graduação.