Crise brasileira resulta no fechamento de marca internacional, deixando cerca de 6 mil desempregados. Nessa segunda-feira (11), o ministério da economia se pronunciou sobre o fechamento da Ford. Em atuação nacional há um século, a marca irá embarcar na Argentina sob a justificativa de melhores ações de fomento ao mercado.
A chegada do novo coronavírus amplificou a forte crise econômica vivenciada pelo Brasil nos últimos anos. No entanto, para além dos efeitos financeiros da pandemia, o país demonstra precisar reorganizar suas ações de fomento para o mercado internacional. Diante de tal instabilidade a Ford anunciou sua retirada do cenário local.
Em atuação nos estados de São Paulo, Ceará e Bahia há um século, a empresa informou recentemente que estará fechando suas fábricas.
A justificativa para tal decisão se dá mediante as faltas de ações de fomento para o setor automobilístico, ainda segundo a marca a Argentina se mostrou ser mais propícia para a implementação de suas fábricas.
É válido ressaltar, no entanto, que os carros da Ford permanecerão sendo vendidos no Brasil. Porém, nenhum veículo passará a ser produzido em território nacional. Com o fechamento das fábricas, cerca de 6 mil brasileiros passarão a ficar desempregados.
É válido ressaltar que além das demissões em massa, o fechamento da Ford em território nacional implica dizer que seus veículos, quando vendidos no Brasil, terão o valor mais alto, pois agora serão comercializados por meio de importação.
Ministério da economia se pronuncia sobre fechamento da Ford
Ciente do caso, o ministro da economia, Paulo Guedes, alegou que o país vive um forte período de recuperação. Para ele, a decisão da empresa está distante da atual realidade financeira de sua equipe.
“A decisão da montadora destoa da forte recuperação observada na maioria dos setores da indústria no país, muitos já registrando resultados superiores ao período pré-crise“, diz a pasta (veja íntegra abaixo).
“O ministério trabalha intensamente na redução do Custo Brasil com iniciativas que já promoveram avanços importantes. Isto reforça a necessidade de rápida implementação das medidas de melhoria do ambiente de negócios e de avançar nas reformas estruturais”, concluiu o comunicado.
O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, lamentou a situação e afirmou que ela deve ser vista como um reflexo da pandemia, solicitando que a população e o mercado de uma para alavancar sua recuperação.
“É hora de unirmos forças para avançar ainda mais rápido na redução do Custo Brasil e recuperar nossa indústria, que perdeu espaço no PIB em todos os governos anteriores. De continuar o trabalho focado, que já permitiu que nossa indústria se recuperasse em V este ano”, afirmou.