- Caixa inicia pagamento de nova rodada do auxílio emergencial;
- Segurados poderão sacar os valores depositados em suas conta digitais;
- Programa poderá ser prolongado ao longo de 2021.
Novos calendários de pagamento do auxílio emergencial são iniciados. Nessa semana, a Caixa Econômica Federal passou a liberar o saque de milhares de brasileiros que tinham sido contemplados pelo coronavoucher na poupança digital. A previsão é que o programa seja encerrado até o próximo dia 27.
Têm direito aos pagamentos do auxílio emergencial no mês de janeiro os brasileiros que estavam enquadrados nos ciclos 5 e 6. Para esse grupo, o benefício tinha sido enviado para a poupança digital do Caixa Tem em meados do mês de dezembro, ficando agora disponível para saque.
Dessa forma, é válido reforçar que não se trata de um novo depósito feito pelo governo. Os valores que estarão sendo retirados até o fim do mês, com parcelas entre R$ 300 e R$ 600, já tinham sido repassados pela Caixa e agora estão apenas disponíveis para o uso em espécie.
Isso significa ainda que os contemplados já estavam tendo acesso ao benefício, podendo utiliza-lo através do aplicativo Caixa Tem. No entanto, com o fim do cronograma de saques, deverá ser encerrado temporariamente o programa.
Calendário de saques do auxílio emergencial para o ciclo 5 e 6
A organização dos saques permanece sendo feita de acordo com as datas de nascimento dos segurados. Para poder fazer a retirada, basta ir até uma agência Caixa ou então, por meio do Caixa Tem, transferindo o benefício para uma outra conta bancária de mesma titularidade.
- Nascidos em março: 4 de janeiro de 2021
- Nascidos em abril: 6 de janeiro de 2021
- Nascidos em maio: 11 de janeiro de 2021
- Nascidos junho: 13 de janeiro de 2021
- Nascidos julho: 15 de janeiro de 2021
- Nascidos agosto: 18 de janeiro de 2021
- Nascidos setembro: 20 de janeiro de 2021
- Nascidos outubro: 22 de janeiro de 2021
- Nascidos novembro: 25 de janeiro de 2021
- Nascidos dezembro: 27 de janeiro de 2021
Prorrogação do auxílio emergencial
Diante do fim do programa, há ainda suposições sobre a possibilidade de extensão. Até o momento não se têm uma certeza de o auxílio será definitivamente cancelado ou não, tendo em vista o clima de instabilidade do governo.
Segundo o texto da Medida Provisória 1.000, “Fica instituído, até 31 de dezembro de 2020, o auxílio emergencial residual a ser pago em até quatro parcelas mensais no valor de R$ 300,00 (trezentos reais) ao trabalhador beneficiário do auxílio emergencial”.
No entanto, enquanto o presidente Jair Bolsonaro desaprova a proposta e afirma que não irá autorizar mais uma manutenção dessa parta. O ministro da economia, Paulo Guedes, reforça não descartar a possibilidade de um novo cronograma.
Segundo fontes administrativas, se mantido, o benefício só voltará a ser concedido de abril em adiante. A ideia é que o governo passe a contabilizar os efeitos econômicos mediante a suspensão do pagamento e assim defina se irá retomar ou não o projeto.
Há ainda especulações de que a nova etapa do auxílio conte com o número menor de contemplados.
Porém, de acordo com Bolsonaro, o que será feito é uma transferência daqueles mais necessitados para a folha de pagamento do Bolsa Família.
“Qual país do mundo fez auxílio emergencial? Parecido foi nos Estados Unidos. Aqui alguns querem torná-lo definitivo. Foram quase 68 milhões de pessoas. No começo, foram R$ 600. Vamos pagar para todo mundo R$ 5 mil por mês, ninguém trabalha mais, fica em casa”, informou o presidente.
Impactos da suspensão do programa
Caso o auxílio emergencial seja efetivamente cancelado, o país deverá ter cerca de 1 milhão de pessoas a mais em situação de pobreza e extrema pobreza.
Além disso, espera-se uma redução no desenvolvimento do PIB, tendo em vista que parte significativa da população estará perdendo seu poder de compra e venda.
Na Câmara dos Deputados, a permanência do projeto vem sendo considerada como uma pauta prioritária. A expectativa é que após a eleição do novo presidente na casa, a proposta passe a ser avaliada para garantir uma maior estabilidade econômica nacional.