Todos os brasileiros estão sentindo o peso da inflação no dia a dia. O aumento no valor pago no mercado, na mensalidade escolar ou nos materiais que são solicitados pelas escolas no início do ano, está atormentando o povo, principalmente os mais pobres.
Os alimentos sofreram um aumento de 9,75% entre os meses de janeiro e outubro de 2020. Essa alta afeta a todos os brasileiros, porém, quem mais sofre são os mais pobres, já que esses também sofreram com o desemprego e a pandemia.
Além disso, os mais pobres utilizam cerca de 30% do que recebe para a compra de alimentos. Enquanto as famílias mais ricas não chegam a gastar 10% do total recebido com a alimentação. Por esse motivo, o impacto na comida não atinge tanto os mais ricos.
Os alimentos que tiveram mais altas foram, principalmente, aqueles mais consumidos pelas famílias mais pobres, como arroz, feijão, carne, óleo de soja, ovos e leite. Dessa maneira, são os alimentos básicos da família brasileira que está presente todos os dias na mesa.
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) o arroz subiu 51,72% de janeiro a outubro, sendo esse o maior vilão da cesta básica. O feijão não ficou para trás, com uma alta de 21,15%. Outro vilão foi o óleo de soja que teve uma alta acumulada em 65,08%.
Transporte
Os mais ricos começaram a sentir a inflação no momento em que o reajuste atingiu as passagens aéreas, subindo 39,8% no mês de outubro, após a retomada dos aeroportos. Esse setor é, sem dúvidas, o meio de transporte mais usado pelos mais ricos.
As famílias mais ricas fazem mais viagens aéreas, tanto como divertimento como para trabalho. Diante da pandemia e toda a crise gerada, as famílias de baixa renda deixaram o lazer de lado em 2020 e, portanto, não sentiram esse aumento.
Educação
A educação é, sem dúvidas, um dos setores que as famílias mais ricas sofrem com o amento, já que são taxas altas. Porém, muitas famílias de baixa renda precisam ter gastos com creches e pré-escolas, já que a região não oferta vagas suficientes.
Com isso, mesmo o aumento atingindo a todos, é o bolso dos mais pobres que mais sofrerem, já que esse corresponde a quase metade da despesa familiar. Diante disso, o contexto familiar teve que mudar e muitas mulheres tiveram que deixar de trabalhar.