Secretário de Guedes diz porque auxílio emergencial NÃO poderia ser prorrogado

Com o anúncio do fim do auxílio emergencial, milhões de brasileiros ficarão sem uma fonte de renda durante a pandemia de covid-19. Segundo o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, a prorrogação do programa poderia tornar pior a situação dos mais pobres.

Secretário de Guedes diz porque auxílio emergencial não poderia ser prorrogado
Secretário de Guedes diz porque auxílio emergencial não poderia ser prorrogado (Imagem: Montagem/FDR)

De acordo com o secretário de Política Econômica, à CNN, caso o governo seguisse gastando com o auxílio emergencial, a dívida pública aumentaria consideravelmente. Ele argumenta que os juros teriam que aumentar e, como resultado, a situação das pessoas mais pobres pioraria.

Sachsida ressalta que é necessário prestar atenção no lado fiscal. Ao garantir essa parte, o investimento privado e o emprego voltariam. Ele destaca que a consolidação fiscal é proteger a população mais pobre da sociedade, que passa por problema de desemprego e inflação.

O secretário prossegue ao afirmar que muitos criticam a equipe econômica do governo Bolsonaro. No entanto, ele ressalta que o programa auxílio emergencial não daria para continuar. Caso desse prosseguimento, o governo estaria em uma situação fiscal desfavorável.

Fim do auxílio emergencial

Na fase inicial do auxílio emergencial, o valor previsto era de R$ 600, sendo pago em cinco parcelas. Diante da situação de dificuldade pela pandemia que permaneceu ao longo dos meses, o benefício foi estendido em setembro. Como resultado, houve a inclusão de outras quatro parcelas, até o mês de dezembro.

Segundo o calendário oficial, os pagamentos por depósitos aconteceram até dia 29 de dezembro, por meio do Governo Federal e da Caixa Econômica Federal (CEF). A quantia depositada poderá ser sacada pelos beneficiários até dia 27 de janeiro de 2021.

A partir desta quarta-feira (6), por exemplo, os beneficiários do auxílio nascidos em abril já podem sacar ou transferir os recursos da última parcela. Nesse grupo, estão inclusas cerca de 3,4 milhões de pessoas.

Foram creditados R$ 2,3 bilhões para esses beneficiários nos ciclos 5 e 6 de pagamento do programa. Dessa quantia total, R$ 2,1 bilhões são referentes às parcelas do auxílio emergencial extensão. Os R$ 200 restantes são referentes às parcelas do auxílio comum.

Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.