O Auxílio Emergencial voltou a ser discutido após lideranças sindicais defenderem a continuidade do benefício governamental neste ano. As lideranças também pedem que a vacina seja aplicada na população o mais rapidamente possível, e ainda culpam o presidente Jair Bolsonaro pela crise do coronavírus.
Estas discussões aconteceram na última terça, 5, através de uma videoconferência , na primeira reunião do ano do Fórum das Centrais Sindicais, que englobam aCUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST e CSB.
As centrais elaboraram um texto com propostas para contornar a crise, que está sendo remetido para vários órgãos, partidos políticos. Elas também desejam promover uma reunião com o Supremo Tribunal Federal para debater os assuntos.
Propostas elaboradas pelas Centrais Sindicais
1: Vacinação contra a Covid-19: As centrais exigem um plano vacinação, público e universal, que seja estabelecido com base no Programa Nacional de Imunização do Sistema Único de Saúde (SUS), englobando e articulando os entes subnacionais (Estados e Municípios) e o setor privado, em um esforço coordenado para uma vacinação que siga as prioridades determinadas pelo setor de saúde.
2: Novas parcelas do auxílio emergencial: é solicitada a continuidade do auxílio emergencial de R$600 e também das medidas que garantam o pagamento dos salários dos trabalhadores que tiveram o contrato suspenso ou passaram por redução de jornada de trabalho.
3: Geração de empregos: criação de novas medidas que tenham a finalidade de gerar novas vagas de emprego e renda para os brasileiros desempregados.
4: Campanhas de solidariedade: É de extrema importância que toda as entidades sindicais siga com as campanhas de ajuda solidária, especialmente para os mais necessitados, assim como disponibilize sua estrutura à serviço do sistema nacional de vacinação em cada localidade.
5. Fortalecimento da organização sindical e da negociação coletiva: Recuperar a capacidade de atuação da estrutura sindical.
As Centrais Sindicais desejam fazer um movimento em diversos âmbitos.
“Vamos articular com os deputados estaduais e federais, prefeitos que assumiram, Une, OAB, entre outras entidades, para fazer o máximo de pressão contra o governo federal, que tem essa responsabilidade (de enfrentar a crise), apesar de declarar ontem que é incompetente para isso. E se ele se declara incompetente, ele que peça para sair”, declarou João Carlos Gonçalves, que é conhecido como Juruna, secretário geral da Força Sindical.