FIM do auxílio emergencial impacta na renda de MILHÕES de brasileiros; saiba como lidar!

Pontos-chave
  • O auxílio emergencial pago pelo governo acabou neste ano de dezembro;
  • O pagamento desse benefício ajudou muito os brasileiros que perderam seus empregos neste período;
  • O fim do auxílio vai deixar milhões de pessoas sem ajuda.

O pagamento do auxílio emergencial finalizou o seu pagamento neste mês de dezembro, mas o maior desejo dos brasileiros é que o governo de Jair Bolsonaro prorrogue a ajuda que foi paga para cerca de 68 milhões de pessoas pobres. O intuito do benefício foi ajudar no enfrentamento da pandemia causada pelo novo coronavírus que começou em abril.

FIM do auxílio emergencial impacta na renda de MILHÕES de brasileiros; saiba como lidar!
FIM do auxílio emergencial impacta na renda de MILHÕES de brasileiros; saiba como lidar! (Foto: Google)

O auxílio ajudou muito Valquíria Ferreira, 35 anos, divorciada, que mora com seus três filhos em Santa Luzia, uma comunidade de Brasília. Ela concedeu entrevista ao jornal UOL. 

“Sem aquele dinheiro, eu teria passado fome. Se o governo não estender a ajuda, não sei o que vou fazer. 2021 vai ser muito difícil”, disse para a AFP.

O programa beneficiou cerca de um terço dos 212 milhões de brasileiros com pagamentos iniciais de R$600, que em setembro tiveram que ser cortados para R$300.

A partir de janeiro, Valquíria e milhões de brasileiros ficaram ainda mais longe da reativação econômica do país, por conta dos níveis recorde de desemprego e a inflação em alta, sendo estimulada pelos bilhões de reais que aumentaram o consumo dos cidadãos mais desfavorecidos.

Na pandemia, cerca de 192 mil mortes foram causadas pela Covid-19, o número está abaixo apenas dos números dos Estados Unidos.

Além disso, o país está passando por uma forte recuperação dos casos e mortes, com isso ficou para trás na corrida pela vacina.

De acordo com os dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) à AFP, essa ajuda emergencial tirou da pobreza 12,8 milhões de brasileiros e 8,8 milhões da extrema pobreza.

O fim dessa ajuda, vai fazer com que a taxa de pobreza volte a alcançar níveis mais elevados do que antes da pandemia e o da pobreza extrema pode até dobrar.

Somente 19,5 milhões de brasileiros vão continuar recebendo os recursos do programa social do Bolsa Família, que possui um valor bem menor.

FIM do auxílio emergencial impacta na renda de MILHÕES de brasileiros; saiba como lidar!
FIM do auxílio emergencial impacta na renda de MILHÕES de brasileiros; saiba como lidar! (Foto: FDR)

Popularidade do governo com auxílio emergencial

O presidente Bolsonaro viu a sua popularidade disparar por conta do auxílio emergencial, argumenta que esse benefícios devem ser cortados “porque o Brasil não pode mais suportar” a pressão do déficit e da dívida.

O benefício custou aos cofres do país cerca de R$ 230,98 bilhões de reais, sendo somada a outras medidas de estímulo, representou um esforço de quase 10% do PIB.

Em conjunto com isso, a relação dívida/PIB saltou de 75,8% em dezembro de 2019 para 88,1% no mês passado, e pode chegar a 96% quando as contas de 2020 forem fechadas, segundo projeções oficiais.

O diretor do Centro de Políticas Sociais da FGV, Marcelo Neri, explicou que “O Brasil está entre a cruz e a espada, porque os mercados estão pressionando do lado fiscal e tem uma situação de pobreza crescente”.

O economista da Austin Rating, Alex Agostini, disse que “se fosse apenas pelas despesas deste ano com a pandemia, o governo provavelmente teria forças para continuar por algum tempo com a ajuda emergencial, até que a economia se recupere. O problema é que o Brasil acumula saldo fiscal negativo desde 2014, e este ano acabou explodindo tudo”.

Opinião de Guedes

Em novembro, o ministro da economia, Paulo Guedes tinha dito que o governo iria prorrogar o auxílio emergencial caso acontecesse uma segunda onda do novo coronavírus no país. 

“Prorrogação do auxílio emergencial se houver segunda onda não é possibilidade, é certeza. Se houver segunda onda da pandemia, o Brasil reagirá como da primeira vez. Vamos decretar estado de calamidade pública e vamos recriar auxílio emergencial”, afirmou .

Porém, essa segunda onda, depende de uma avaliação de dados que é feito com os dados estatísticos.

Essa análise é reforçada pela percepção política, de acordo com os interlocutores do Ministro da Economia a chance de que seja determinado um novo isolamento social é baixa.

Mesmo que essas medidas sejam anunciadas pelos governos locais, mas o governo federal espera que a população não adote esse comportamento na prática.

A avaliação não é feita apenas para o auxílio emergencial, mas para as outras medidas que foram tomadas durante a pandemia.

Uma das medidas é a ampliação do microcrédito, que segundo a análise feita pela equipe econômica essa oferta é maior que a demanda.

O time econômico apontou que seria necessário não apenas acontecer um aumento no número de casos, mas como o fechamento de empresas, que aconteceu em abril para conter a pandemia.