Mais de R$ 68 milhões de brasileiros têm recebido o auxílio emergencial para o enfrentamento da pandemia. O benefício começou a ser pago em abril e nesse mês de dezembro foram pagas as últimas parcelas. Por isso, muitos têm pedido que o governo estenda o auxílio para 2021.
Segundo o governo, o país está fiscalmente asfixiado e não tem condições de manter esses pagamentos para o próximo ano.
O grande problema é que essa grande parcela da população brasileira ficará sem renda a partir de janeiro. Esse dinheiro tem ajudado essas pessoas a botar comida na mesa nesses tempos difíceis. Mas com o seu encerramento, isso não será mais possível.
Porque o governo não vai estender o auxílio emergencial?
O governo projeta que o PIB 2020 tenha uma queda de 4,5%. Além disso, há a questão do desemprego, que tem batido recordes e a inflação que pode chegar a médias históricas.
O país já passou das 190 mil mortes e está em segundo lugar no mundo, pois fica atrás dos Estados Unidos. Com essa situação, era de se esperar que o Brasil fosse um dos primeiros a correr atrás das vacinas, mas isso não tem acontecido. Atualmente, mais de 5 milhões de pessoas, em 43 países já se vacinaram, mas nosso país não está nessa lista.
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) afirma que milhões de brasileiros saíram da pobreza e extrema pobreza com o auxílio. Porém, com o corte do benefício, essas pessoas voltarão à mesma situação.
Vale lembrar que, entre esses brasileiros estão os que recebem o Bolsa Família. Basicamente, entre essas pessoas, mais de 19 milhões receberão este benefício.
Custos do auxílio emergencial
De acordo com o presidente, Jair Bolsonaro (sem partido), o país não tem mais estrutura para suportar a pressão do déficit e da dívida.
O Estado teve um gasto de R$ 230,98 bilhões com os pagamentos do auxílio e isso representou um esforço de quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, a relação dívida/PIB que era 75,8% saltou para 88,1% em 2019. Com a pandemia, em 2020, essa porcentagem pode chegar a 96%.