A Petrobras comunicou que irá aumentar o preço médio da gasolina em suas refinarias em 5% e do diesel em 4% a partir de hoje, 29. O aumento acompanha uma alta no petróleo que aconteceu nas últimas semanas e também uma desvalorização do real frente ao dólar.
Por conta desta alta de 4%, os compradores passam a pagar em média R$2,02 por litro de diesel. O diesel é o combustível mais utilizado no país. Considerando o acumulado do ano, a Petrobras diz que a redução do valor foi de 13,2%.
No caso da gasolina, o valor médio vendido para as distribuidoras será de R$1,84 por litro, acumulando no ano uma redução de 4,1%.
Mesmo com essa alta nas cotações dos combustíveis da Petrobras hoje, os especialistas indicam a continuidade da defasagem ante a paridade de importação que vem acontecendo a cerca de três semanas.
“Faz cerca de três semanas que a Petrobras trabalha com defasagem de mais de 10 centavos em relação ao mercado internacional e segue bem próxima a esse nível mesmo com o ajuste de hoje. O ajuste atual foi menos da metade do necessário para termos paridade de importação”, disse Thadeu Silva, o chefe da área de óleo e gás da consultoria INTL FCStone.
Sérgio Araújo, o presidente da Abicom (Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis) também citou a defasagem nos preços ante ao mercado internacional, e relembrou que as importações por agentes privados seguem inviabilizadas.
A Petrobras alega que seus preços acompanham a chamada paridade de importação e que ela é abalada por diversas razões como as cotações internacionais do petróleo e o câmbio.
Repasse para os consumidores finais
O repasse do aumento dos preços nas refinarias para os consumidores finais nas bombas não é garantido, e é subordinado a uma série de fatores, como margem da distribuição e revenda, impostos e adição obrigatória de etanol anidro e biodiesel.