- Feira dos brasileiros fica ainda mais cara em novembro;
- Produtos registram a maior alta da década;
- Lista dos alimentos mais caros é liberada pelo IBGE.
Brasileiros deverão cortar itens na lista da feira. Nessa semana, estudos feitos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que os alimentos estão 12,14% mais caros. Trata-se da maior elevação desde o ano de 2002, quanto os produtos foram acrescentados em 19,47%. No texto abaixo, saiba todos os detalhes.
Manter a feira em dia está se tornando ainda mais difícil para a população brasileira. Produtos básicos como o arroz estão sendo comercializados com preços absurdamente altos.
Na parte de vegetais e frutas, há também um acréscimo significativo, fazendo com que muitos anulem alguns alimentos do dia a dia.
Estatísticas dos últimos meses
De acordo com os dados do IBGE, somente em novembro os alimentos ficaram 2,54% mais caro. Se somado com todos os reajustes desde o mês de janeiro, o aumento total é de 12,14%. No que diz respeito a dezembro, a projeção é que a comercialização dos produtos se torne ainda mais cara.
O gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, explicou que o índice de difusão dos alimentos foi modificado de 73% para 80%, o que, segundo ele, “demonstra um maior espalhamento da alta de preços entre os produtos alimentícios”.
“A gente tem os mesmos fatores que continuam influenciando na alta dos preços dos alimentos, como o câmbio num patamar mais elevado, que estimula as exportações; o preço de algumas commodities mais alto no mercado internacional e, pelo lado da demanda, ainda tem influência do auxílio emergencial”, explicou.
Carnes deixam de ser prioridade
Entre os produtos que menos tende a ser consumido, estão as proteínas. A carne bovina está na lista dos produtos mais caros, sendo acrescentada em mais de 4,25% em outubro e 6,54% em novembro. No ano inteiro, sua alta foi de 13,90%.
“Por causa do preço maior das carnes, pode estar ocorrendo substituição delas pelo frango, pressionando maior alta nos preços deste item”, explicou Kislanov.
A alternativa, como mencionado pelo analista, vem sendo a substituição. Há muitas famílias optando pela aquisição do frango, ovo ou até mesmo outros tipos de carnes consideradas mais populares.
A picanha, tradicionalmente conhecida, vem sendo cada vez menos consumida, pois sua peça chega a ser comercializada por até R$ 100 em açougues e supermercados.
Cereais também em alta
Outro setor que está com os valores reajustados acima de média é o de cereais. Aveia, granolas e demais oleaginosos estão com um reajuste de mais de 5%. Para esse grupo a justificativa encontrada são os entraves de importação e exportação mediante ao cenário do covid-19.
Leites e demais itens
Na parte de consumo por lactose, também não vem sendo fácil abastecer o carrinho. O leite e seus derivados, como a manteiga e o requeijão, também apresentaram acréscimos. Iogurtes e demais lanches vêm sendo comercializados por um preço maior que o taxado no mesmo período em 2019.
50 alimentos que mais subiram no acumulado do ano até novembro
- Óleo de soja: 94,1%
- Tomate: 76,51%
- Arroz: 69,5%
- Feijão-macáçar (fradinho): 59,97%
- Batata-inglesa: 55,9%
- Laranja-lima: 55,64%
- Pimentão: 49,75%
- Batata-doce: 46,57%
- Morango: 42,49%
- Feijão-preto: 40,75%
- Peixe-tainha: 38,77%
- Repolho: 36,09%
- Cenoura: 34,41%
- Feijão-mulatinho: 32,6%
- Fígado: 31,07%
- Maçã: 30,2%
- Carne de porco: 30,05%
- Banana-maçã: 28,2%
- Costela: 26,4%
- Mandioca (aipim): 26,25%
- Açaí (emulsão): 25,41%
- Coentro: 25,09%
- Leite longa vida: 24,97%
- Laranja-baía: 24,08%
- Alface: 23,38%
- Músculo: 22,92%
- Salsicha em conserva: 22,45%
- Abobrinha: 22,31%
- Peito: 22,13%
- Tangerina: 22,09%
- Banana-d’água: 21,59%
- Laranja-pera: 21,29%
- Pera: 21,1%
- Mamão: 20,99%
- Açúcar cristal: 20,54%
- Pepino: 19,32%
- Peixe – pintado: 19,29%
- Peixe – filhote: 18,63%
- Linguiça: 17,87%
- Cupim: 17,65%
- Manga: 17,24%
- Salame: 17,02%
- Cimento: 17,02%
- Acém: 16,27%
- Leite em pó: 15,54%
- Cebola: 15,12%
- Brócolis: 15,08%
- Limão: 14,84%
- Lagarto comum: 14,81%
- Peixe – corvina: 14,31%