Salário mínimo deveria ter valor 5 VEZES maior que o atual, segundo o Dieese

Brasileiros não terão pagamento equilibrado para administrar suas contas. Nessa semana, estudos do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostraram que o valor do atual salário mínimo é cinco vezes menor que o necessário para sustentar uma família. O levantamento leva em consideração uma série de fatores, como o preço da cesta básica.

Salário mínimo deveria ter valor 5 VEZES maior que o atual, segundo o Dieese (Imagem: Google)
Salário mínimo deveria ter valor 5 VEZES maior que o atual, segundo o Dieese (Imagem: Google)

Viver no Brasil está cada vez mais difícil. Como reflexo da instabilidade política em tempos de pandemia, o valor da cesta básica vem subindo consideravelmente enquanto o pagamento do salário mínimo não é reajustado.

Segundo o Dieese, o piso nacional necessário para o atual momento deveria ser de R$ 5.289,53.

A quantia é cinco vezes menor que a atual ofertada de R$ 1.045. Para poder fazer as contas, o departamento leva em consideração uma família de até 4 pessoas. É válido ressaltar que o salário estipulado seria o ideal para garantir serviços básicos como saúde, alimentação, moradia e educação.

Reajuste do salário mínimo em 2021

Segundo as projeções liberadas até esse momento, o governo espera que o novo salário mínimo seja de R$ 1.088. Caso se confirme, a quantia reforça que não há condições de administrar todas as contas vivendo apenas com um pagamento mensal.

Exceto para aqueles atualmente considerados classe média alta, os demais deverão sentir os impactos da crise financeira e falta de reajuste do governo ao administrar as finanças em 2021. Analistas afirmam que ainda no mês de janeiro será vivenciado o pior período de crise da década.

Cesta básica em alta constante

Outro ponto de alerta vem sendo o preço da cesta básica. Estudos também do Dieese mostraram que os produtos ficaram mais caros em 16 das 17 capitais brasileiras. Apenas em Recife/Pernambuco é que não foi registrada uma alta.

Até esse momento, o crescimento mais significante ocorreu em Brasília, sendo de 17,5%. Na sequência vem Campo Grande (MS) e Vitória (ES) com um aumento significativo de 13,26% e 9,72%, respectivamente.

No que diz respeito aos produtos, os mais caros são o arroz, o óleo de soja, a carne, o tomate e a batata. Para 2021 a projeção é que as cobranças também se mantenham, ao menos até o primeiro semestre, de forma mais intensa.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.