Brasileiros poderão começar a ser vacinados contra o covid-19 em fevereiro. Nessa quarta-feira (02), a Câmara dos Deputados aprovou um orçamento de R$ 1,995 bilhões para custear a compra de tecnologia e produção da vacina de Oxford. A medida provisória (MP) deverá ainda ser enviada para o Senado, mas apresenta uma avaliação positiva entre os demais representantes.
Após quase dez meses sentindo os efeitos do covid-19, o governo brasileiro vem negociando com empresas a compra das vacinas contra a doença.
Por intermédio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao ministério da saúde, há observações sendo feita com o laboratório AstraZenera que está desenvolvendo uma nova medicação em parceria com a universidade de Oxford.
A ideia é que, por meio da emissão de títulos públicos, o governo desembolse R$ 1,3 bilhão para custear a encomenda tecnológica. Já a Fiocruz, produtora de vacinas, deve receber um investimento de cerca de R$ 522 milhões.
“O Brasil sempre desenvolveu essas campanhas de vacinação e temos institutos muito competentes no País. Esperamos ter ajuda do governo federal e do Ministério da Saúde para a aplicação de outras vacinas”, afirmou a relatora.
Vacina em fevereiro
A expectativa do poder público é que já a partir do mês de fevereiro a vacina passe a ser aplicada nos cidadãos. Segundo o ministro da saúde, Eduardo Pazuello, sua equipe vem monitorando 11 medicações que estão na terceira e última fase de testes e também já vem dialogando com os fabricantes.
O representante afirmou que há um acordo de compra de 100 milhões de doses da AstraZeneca para o primeiro semestre de 2021. Desse total, 15 milhões ficarão disponíveis já em fevereiro.
Um novo lote de 42 milhões de doses também poderá ser comprado por meio do consórcio CovaxFacility, que está trabalhando com a vacina chinesa Coronavac. A ideia é que inicialmente sejam medicadas as pessoas com mais de 75 anos, indígenas e profissionais de saúde.
Depois pessoas com mais de 60 anos, na terceira fase a vacina será para quem tem comorbidades e na quarta e última professores, segurança pública e salvamento, além do sistema prisional.