Alta dos preços vai se estender para 2021? Veja ALERTA importante sobre inflação

Durante o mês de novembro, o aumento dos preços esteve presentes em diversos segmentos. IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Amplo 15) registrou uma desaceleração a 0,81% no mesmo mês. No entanto, este resultado foi o maior do mês nos últimos cinco anos. Diante disso, muitos se preocupam com o impacto da inflação para o ano que vem.

Aumento na variação dos preços segue impactando os brasileiros em novembro
Aumento na variação dos preços segue impactando os brasileiros em novembro (Imagem: Pixabay)

O ano de 2019 foi marcado por uma grande crise econômica causada pela pandemia de covid-19. A partir de março, os setores tiveram impacto negativo por conta das restrições impostas. O consumidor sentiu o problema no bolso. Atualmente, os índices seguem apontando alta em diversos segmentos.

Variação nos índices em novembro

Segundo apontado pela segunda prévia de novembro pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) teve alta de 3,05%. No mesmo período de outubro, o aumento havia sido de 2,92%.

Este índice tem sido utilizado como parâmetro em diversos segmentos. Alguns dos componentes podem servir de referência para reajuste de preços. Com relação ao Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), por exemplo, foi indicado um aumento de 3,98% no período.

No grupo Matérias-Primas Brutas, a taxa passou de 4,77% para 5,22%. Os itens que contribuíram para o aumento foram milho em grão (7,81% para 19,87%), algodão em caroço (6,52% para 19,41%) e café em grão (-8,25% para 0,33%).

Por outro lado, outros itens tiveram recuo na taxa. Os que tiveram destaque nesses parâmetros foram o de leite in natura (3,49% para -2,11%), minério de ferro (-0,34% para -1,37%) e arroz em casca (10,15% para 0,41%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve variação de 4,77% no período indicado de novembro. Alguns dos grupos pertencentes tiveram alta, mas no taxa menor que a registrada em outubro.

Educação, Leitura e Recreação (3,05% para 0,20%). Vestuário (0,40% para 0,18%), Habitação (0,31% para 0,28%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,11% para 0,09%) são exemplos de grupos com variação menor.

Impacto na sociedade

O resultado de aumento nos preços pelos indicadores tem causado maior dificuldade na população mais pobre. Um fator que deve se levar em conta sobre os preços para o ano que vem é o impacto que a pandemia ainda poderá causar.

Com a possível chegada da segunda onda da doença no Brasil, os governos poderão adotar novas medidas mais restritivas de isolamento. O fim do auxílio emergencial pode ser outro fator para a variação da inflação em 2021.

Segundo a economista-chefe do Orinvest ao UOL, Fernanda Consorte, a tendência de inflação e a cenário negativo das contas públicas pode causar um aumento dos juros no ano que vem.

Silvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.