Nesta quarta-feira (18), as taxas dos títulos públicos negociados através do Tesouro Direto registraram um aumento, com os investidores repercutindo dados de inflação e o avanço do novo coronavírus.
O título indexado à inflação com vencimento em 2026 pagava um prêmio anual de 2,89% na abertura dos negócios, ante 2,85% ao ano na tarde desta terça-feira (17). A taxa paga pelo mesmo papel com juros semestrais e vencimento previsto para 2040, por sua vez, aumentava de 4,04% para 4,07% ao ano.
Entre os papéis com retorno prefixado, o que apresentava prazo em 2026 ofertava uma taxa anual de 7,34%, ante 7,29% no pregão anterior. O prêmio do Tesouro Prefixado com juros semestrais em 2031 subiu de 7,69% para 7,74% ao ano.
Inflação e Covid-19 estão avançando
Entre os destaques do dia, o Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M) apontou um aumento de 3,05% na segunda prévia do mês de novembro, acima das projeções feitas pelos economistas entrevistados pela Bloomberg, de alta de 2,92%.
Segundo a FGV, a taxa foi puxada por preços no atacado, com um avanço de 3,98% influenciado pelas commodities. A taxa acumulada em 12 meses avançou de 20,56% para 24,25%.
Ainda na cena doméstica, a atenção recai sobre o aumento do número de casos de coronavírus no país. Segundo aponta o jornal O Globo, as hospitalizações pela doença têm crescido e levado especialistas a discutirem a retomada de medidas de isolamento social.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, infectologistas alertam em carta que hospitais estão lotados e defendem a necessidade de lockdown em São Paulo.
No cenário político, líderes do Congresso determinaram ontem a pauta de votações das próximas semanas e definiram que irão deixar para depois do segundo turno das eleições o debate sobre projetos importantes da agenda econômica, como o projeto em relação a revisão do Regime de Recuperação Fiscal, ressaltou o jornal O Globo.
Cenário internacional
No exterior, além do avanço do coronavírus no mundo, as atenções estão voltadas aos números animadores no Japão.
As exportações japonesas diminuíram somente 0,2% no mês de outubro, um patamar bem abaixo do esperado. A projeção de economistas ouvidos pela agência internacional Reuters era de uma queda de 4,5%.