O Ministro da Economia, Paulo Guedes, mudou o discurso, e afirma que não há possibilidade de prorrogação do auxílio emergencial e nem acredita em nova onda do coronavírus. Por esse motivo, o Bolsa Família será a prioridade do governo no próximo ano.
A mudança do discurso de Paulo Guedes veio diante do incomodo no governo e no mercado financeiro, após a declaração do ministro, na semana passada, afirmando que o auxílio emergencial seria “com certeza” prorrogado caso uma segunda onda de Covid-19 atingisse o país.
O incômodo foi porque a declaração vai contra o objetivo de conter o avanço da dívida pública. Além disso, foi oposta ao que o presidente da república, Jair Messias Bolsonaro (sem partido), afirmava, ou seja, que a contaminação por Covid-19 no Brasil está caindo e que esse é o momento da recuperação da economia.
Dessa maneira, segundo a mais recente declaração de Guedes na última sexta-feira (13), durante o Encontro Nacional do Comércio Exterior (Enaex), o governo irá encerrar o auxílio emergencial em 31 de dezembro e voltar para o Bolsa Família em 2021.
“Hoje, o plano A é: chegamos ao fim do ano, fazemos o fading out do auxílio emergencial. Ele entrou em R$ 600, passou para R$ 300, e agora aterrissa, novamente, no Bolsa Família. Fizemos o nosso programa de auxílio emergencial e esse programa termina em 31 dezembro, ponto. E voltamos para o Bolsa Família. Este é o nosso plano A, tudo o mais são hipóteses de probabilidade menor.”, destacou Guedes.
Guedes deixou claro que o auxílio é uma ajuda transitória, apenas para o enfrentamento da pandemia, por esse motivo, tem data marcada para o seu fim.
Além disso, falou sobre o aumento de casos de contaminação e mortes em alguns locais do país, mas afirmou que o governo não acredita na possibilidade de uma segunda onda de contaminações, bem diferente do que ele tinha declarado na última quinta-feira (12).
“Do lado da pandemia, o Brasil está conseguindo combater a doença e a vacina está chegando. É um fato que está acontecendo do lado da saúde. E, do outro lado, da economia, é um fato que o Brasil está saindo da recessão”, disse.