Dólar opera entre altos e baixos em meio às preocupações com o aumento do coronavírus pelo mundo

O dólar opera entre altos e baixos na manhã desta quinta-feira (12), com os  investidores atentos ao aumento de novos casos de coronavírus pelo mundo e o risco de uma segunda onda ainda mais forte. Por volta das 09h58 a moeda norte-americana recuava em 0,05%, sendo negociado a R$ 5,475. Em alguns momentos chegou a ser cotado na máxima de R$ 5,486 e na mínima de R$ 5,446.

Dólar opera entre altos e baixos nesta sexta em meio às preocupações com o aumento do coronavírus pelo mundo (Imagem: Reprodução/Google)

Cenário internacional

Mesmo com as boas notícias da eficácia de 90% da vacina da Pfizer, o dólar vem repercutindo os impactos da segunda onda de covid-19 nos Estados Unidos e na Europa.

Nos mercados globais, permanecem as preocupações dos investidores em torno do avanço da pandemia e o risco de uma onda ainda mais forte.

Os EUA registraram nesta última quarta-feira (11) mais de 140 mil novos casos de infecções. Segundo o jornal ‘Washington Post’, foi a maior quantidade de casos diários já registrada desde o início da pandemia. Ao todo, o números de casos já superam mais de 10 milhões e meio e as mortes ultrapassam 240 mil.

Na Europa, mesmo com a adoção de diversas medidas de restrição, Reino Unido e Itália registraram novos recordes de infecções. Foram 33.470 novos casos no Reino Unido, enquanto que na Itália foram registrados 37.978. Os hospitais da França estão todos lotados e a Espanha passas de 40 mil mortos.

“Apesar de todo o otimismo sobre uma vacina bem-sucedida, a realidade é que uma possível candidata nunca seria capaz de interromper o que está acontecendo atualmente em toda a Europa em termos de um aumento acentuado nas infecções por coronavírus e hospitalizações”, declarou Michael Hewson, analista de mercado da CMC Markets UK.

Destaque nacional

Nesta quinta-feira (12), o ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou que o auxílio emergencial será prorrogado caso haja uma segunda onda de covid-19 no Brasil. Segundo o ministro, essa não é a expectativa, mas já é uma previsão da equipe econômica como uma forma de “reação” e contingência.

“Prorrogação do auxílio emergencial se houver segunda onda não é possibilidade, é certeza. Se houver segunda onda da pandemia, o Brasil reagirá como da primeira vez. Vamos decretar estado de calamidade pública e vamos recriar auxílio emergencial. O plano A para o auxílio emergencial é acabar em 31 dezembro e voltar para o Bolsa Família. A pandemia descendo, o auxílio emergencial vai descendo junto. A renovação do auxílio emergencial não é nossa hipótese de trabalho, é contingência”, declarou.

Última cotação do dólar

Na última sessão ocorrida nesta quinta-feira (12), o dólar encerrou em alta de 1,14% frente ao real, sendo negociado a R$ 5,477. Na parcial do mês de novembro, há um acumulo de queda de 4,53%.