De acordo com a expectativa da MB Associados, a economia do Brasil deve encolher em torno de 3,8% neste ano. A previsão é melhor que o ano anterior, que apontava para que a queda fosse de 4,8% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano.
A revisão tem motivos ligados aos efeitos positivos causados pelo auxílio emergencial que foi pago pelo governo para cerca de 65 milhões de trabalhadores no período da pandemia e à exportação de commodities.
As parcelas de R$600 movimentou a economia de forma a impactar de forma positiva nos níveis de pobreza, com efeito satisfatório.
Com relação aos commodities, com o real em desvalorização em mais de 30% com relação ao dólar desde o início do ano.
O valor das exportações aumentou, isso pois os itens são cotados na moeda americana.
A MB está aguardando uma recuperação de forma significativa do PIB no terceiro trimestre, com uma alta de cerca de 9,2% com relação ao segundo. No qual o índice teve uma retração de cerca de 9,7% em vista ao primeiro período do ano.
Já para o quarto semestre, a alta que está sendo esperada é de 0,9%.
A previsão é que a retração seja de 7,8% para a economia brasileira, no mês de abril, isso por conta das incertezas que foram trazidas pela crise causada pelo novo coronavírus.
Mesmo que esses fatores ajudem, o cenário ainda é preocupante no ano que vem e em 2022, ressaltou a consultoria em uma carta quinzenal.
A preocupação é que o andamento das reformas estruturantes que tem como objetivo melhorar o cenário fiscal e das eventuais decisões equivocadas que o governo pode tomar.
“O tempo das reformas não é o mesmo do tempo das políticas de curto prazo. Ao privilegiar estas ao invés das primeiras na vã esperança de obter resultados imediatos, o presidente poderá pagar o preço de uma piora fiscal significativa”, disse a MB.
A consultora prevê também que “Não podemos esquecer que o país já havia passado por um grande choque de origem fiscal com a crise de 2015 e 2016 e tem uma outra crise agora com a pandemia, que tem gerado uma outra crise fiscal. Se a primeira teve na mudança de governo o início da sua solução, esta segunda crise pega um presidente enfraquecido em seu terceiro ano de mandato”.