Segundo um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Brasil deve deixar de figurar no ranking das 10 maiores economias mundiais devido aos impactos causados pela pandemia da covid-19.
Os pesquisadores do Ibre, Marcel Balassiano e Claudio Considera, apresentaram os dados com base nas projeções feitas em outubro pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Além da crise em decorrência da pandemia, a redução do Produto Interno Bruto (PIB) e a desvalorização do real frente ao dólar também são apontadas como fatores que deixariam o país fora do ranking mundial.
As projeções indicam que o PIB do país deve cair de US$ 1,8 trilhão, apurado no ano passado, para US$ 1,4 trilhão até o fim deste ano. Ou seja, uma retração de 5,8%. Segundo Balassiano, o estrago poderia ser ainda maior se medidas de estímulo, como o auxílio emergencial, por exemplo, não tivessem sido adotadas.
Do início de 2020 até o fim do mês passado, o real apresentou uma desvalorização de 40% em relação ao patamar em que a moeda americana estava no fim de 2019. Nos últimos anos, o Brasil passou da 7ª maior economia mundial, em 2014, para a 8ª posição em 2017 e para a 9ª, nos dois últimos anos.
“A variação cambial é um reflexo dos problemas fiscais que o Brasil enfrenta. A queda no ranking deve acontecer, quando se considera o dólar corrente, muito mais pela forte desvalorização do real frente ao dólar do que pela queda da atividade econômica. Tanto que pela via do dólar por poder de compra, a mudança não é tão brusca”, destacou Balassiano.
Segundo o Estadão Conteúdo, as projeções do FMI apontam que o país deve cair três posições na lista de maiores economias do mundo, passando da 9ª para a 12ª posição, sendo ultrapassado por Canadá, Coreia do Sul e Rússia.
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