O Ibovespa Futuro inicia a manhã desta segunda-feira (9) em forte alta. O mercado futuro reagiu positivamente à eleição do democrata Joe Biden como o novo presidente dos EUA e, o maior índice de ações da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) apresentava uma alta de 3,5% por volta das 9h30.
Ainda pela manhã, a alta nos índices chegaram a 4%.
Eleições nos Estados Unidos
A derrota de Donald Trump, que buscava a reeleição presidencial norte-americana, deixou os investidores otimistas. A conquista de Biden foi confirmada na tarde do último sábado (7), sob acusações de Trump de que o processo eleitoral estaria longe de ter fim e que as eleições ‘foram roubadas’ pelos democratas.
As notícias sobre as eleições norte-americanas ofuscaram dados de novos recordes de casos diários de infecções nos Estados Unidos. Por três dias consecutivos, o país ultrapassou a marca de 100 mil novos casos em 24 horas.
Vacina da Covid-19
Porém, os investidores estão esperançosos após a Pfizer e a BioNtech divulgarem no início desta semana, que os testes finais de sua vacina possuem cerca de 90% de efetividade em prevenção do novo coronavírus (Covid-19) em estudo em larga escala. Os testes tiveram início em 27 de julho e estão na 3ª fase (final).
Cenário nacional
O presidente Jair Bolsonaro ainda não se pronunciou em relação à vitória de Biden nas eleições dos EUA e disse, durante uma live realizada neste fim de semana, que ainda não sabe se tentará uma reeleição. Segundo informações do Jornal O Globo, aliados do presidente não viram com bons olhos a derrota de Trump, e defendem uma gestão com discursos menos radicais.
Segundo a Folha de S. Paulo, Sergio Moro e Luciano Huck se encontraram em Curitiba para conversarem sobre uma possível aliança eleitoral para disputa da Presidência em 2022. O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública de Moro e o apresentador de TV não discutiram ainda quem seria o candidato ao cargo.
Ainda no Brasil, chama atenção dos investidores as projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), que apontam que o país deve deixar de figurar entre as 10 maiores economias do mundo, devido à crise causada pela pandemia, a redução do PIB e a desvalorização do real frente ao dólar.
O PIB brasileiro deve retrair em 5,8% em 2020. Quando convertidos os valores em dólares, contabilizando, portanto, a retração do valor do real, o recuo total deste ano será de 28,3% em comparação com 2019. Com isso, o país deve cair três posições no ranking das maiores economias mundiais, passando da 9ª para a 12ª posição, sendo ultrapassado por Canadá, Coreia do Sul e Rússia.
Cotação do dólar
Por volta das 9h11 desta segunda-feira (9), o dólar operava em queda de 2,02% frente ao real, sendo negociado a R$ 5,262.