Auxílio emergencial: Entenda como redução de 50% no valor refletem nos supermercados

Fazer as compras em supermercados está ficando cada vez mais caro no passar dos meses. E com a redução no valor do auxílio emergencial pelo Governo, algumas famílias estão tendo dificuldade de se sustentar. As vendas em alguns supermercados já tiveram diminuição em 10% das vendas. 

Auxílio emergencial: Entenda como redução de 50% no valor refletem nos supermercados (Imagem: reprodução/Google)

Para além da redução do valor no auxílio de R$ 600 para R$ 300, outro fator importante que levou à queda nas compras foi o aumento no preço da comida. A disparada da inflação no país está sendo refletida no prato dos brasileiros no dia a dia. 

A prévia da inflação de outubro atingiu 0,94%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor-15 (IPCA-15). O valor apresentado representa mais que o dobro da inflação apresentada em setembro. E foi a maior alta registrada para o mês em 25 anos. 

Um dos principais fatores foi o preço dos alimentos. A carne bovina, por exemplo, representa 4,83% do valor. O óleo de soja teve 22,34%, o arroz 18,48% e o leite longa vida 4,26%.

Então, o combo de um valor menor do repasse do auxílio emergencial somado à alta inflacionária no país, está cada vez mais difícil dos brasileiros realizarem as compras mensais nos supermercados. 

Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) na inflação por faixas de renda apontam que o aumento é maior para os mais pobres. A inflação para as famílias mais pobres foi 10 vezes maior que para as que ganham mais.

Os indicadores mostram que entre janeiro e setembro, as famílias com renda abaixo dos R$ 1.650,50 sentiram um aumento de 2,5% na média dos preços.

Enquanto isso, as famílias mais ricas com renda acima dos R$ 16.509,66 viram os preços subirem apenas 0,25%.

Auxílio emergencial limitado 

O Governo Federal está pagando desde setembro um valor menor do auxílio emergencial. O novo valor, de R$ 300, continua até dezembro, mas nem todos estão incluídos no grupo de beneficiários. 

A parcela dos beneficiários do Bolsa Família que recebem mais de R$ 300 no programa social, perderam o direito ao auxílio. Com isso, voltaram a receber o valor comum do Bolsa. 

Já para quem está fora do Bolsa Família, o governo está realizando ações de fiscalização para investigar, por exemplo, se os beneficiários conseguiram emprego com carteira assinada. 

Com essas novas regras, uma parcela da população que estava recebendo o valor integral do benefício, de R$ 600, deixou de receber valor algum.

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