Botijão de gás tem alta de 16,6% preocupando famílias e empresas

Botijão de gás fica mais caro em todo o país. Assim como o preço dos alimentos vêm subindo, os valores para quem precisa trocar o gás de cozinha também não está saindo barato. De acordo com os levantamentos feitos pelo Sindigás o produto teve um acréscimo de 16,6%, sendo a cerca de R$ 70 e R$ 80. Abaixo, veja as previsões sobre manutenção das tarifas.

Botijão de gás tem alta de 16,6% preocupando famílias e empresas (Imagem: Google)
Botijão de gás tem alta de 16,6% preocupando famílias e empresas (Imagem: Google)

Um dos motivos pelos quais o valor do gás de cozinha vem crescendo está relacionado as variações vivenciadas pela Petrobrás com as alterações do dólar e do barril de petróleo.

Com sua correção feita trimestral, o produto teve um aumento médio de 33% em sua molécula, anunciado nacionalmente nessa quinta-feira (05).

Para justificar a elevação a Petrobras explicou que em razão da pandemia as empresas diminuíram suas margens e diluíram o repasse ao consumidor. Desse modo, uma das alternativas viáveis para garantir a rotação de compras é realizar promoções para os botijões menores que 13 quilos.

Impacto direto ao consumidor

No que diz respeito ao consumidor, o preço final vem sendo reajustado em 7,79%. As variações foram registradas levando em consideração os meses de janeiro a agosto e deverão ser mantidas até o fim do ano.

Luciene Almeira, de 56 anos, trabalha como cozinheira e explica que está difícil segurar seu pequeno negócio. A venda de quentinhas no valor de R$ 10 está lhe saindo mais caro a considerar a elevação do gás.

— Faço marmitas há 20 anos, mas 2020 foi especificamente difícil para o comércio. Se eu subir o preço para R$ 12, ninguém compra — disse Luciene. — No início do ano, eu comprava o botijão a R$ 55 e, agora, estou comprando a R$ 65. Por isso mesmo, no lugar de cozinhar com dois fogões, passei a cozinhar com um só. Meu faturamento caiu.

Renata Almeida de Souza, de 46 anos, relata a mesma dificuldade. Ela é proprietária de uma pensão no centro de Nilópolis e está vendo sua margem de lucro diminuir tendo em vista o aumento absurdo no preço dos produtos.

— No início do ano, comprava o botijão a R$ 50. Hoje, o preço está R$ 72. Como compramos três botijões por semana, conseguimos desconto e pagamos R$ 65 cada um. Para amenizar um pouco a alta dos custos de produção, aumentei R$ 1 no valor de cada prato — conta a empreendedora.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.