Por conta da situação atual de mudanças na sociedade causadas pela covid-19, os brasileiros modificaram a forma de realizar aquisições. De acordo com um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) em parceria com a Toluna, durante esta fase da pandemia, 58% dos consumidores tiveram mudanças nos meios de pagamento durante as compras físicas.
Foi apontado pelo estudo “Era da Experiência – Relações com Covid-19” que houve aumento na migração de consumo para os meios digitais. Isso acontece por conta do crescimento das compras pelo meio virtual e diminuição de aquisições em meio físico.
O resultado indicou grande satisfação com a forma digitalizada de consumo. Por volta de 91% dos consumidores demonstraram estar satisfeitos com a experiência de compra online. Este número foi dez pontos percentuais acima do resultado para as compras em comércios físicos.
Outro ponto levantado foi que 53% dos consumidores tiveram redução na ida ao supermercado e 55% realizaram ao menos uma compra mensal em meios online.
Uma forma de proporcionar momentos de lazer foi por meio da locomoção dentro de um veículo. O Serviço de Drive Thru foi utilizado por 54% dos consumidores que participaram do estudo. A participação de eventos em lugares abertos, o drive in, foi feita por 19% das pessoas.
“O ato de comprar continua tendo significados que vão muito além do abastecimento do lar. Mesmo durante a pandemia, o consumo continua sendo uma oportunidade de relaxar, socializar e entrar em contato com novidades”, afirma Eduardo Terra, presidente da SBVC.
Mudança digital
Além disso, o estudo revelou que 14% dos consumidores realizaram compras online pela primeira vez durante a fase da quarentena. Em longo prazo, a SBVC acredita que poderá haver transformações nas estratégias das empresas, por conta dessa migração ao meio virtual.
“O varejo brasileiro está se digitalizando rapidamente. A pandemia quebrou a inércia do comportamento dos clientes, que inicialmente precisaram comprar online porque as lojas físicas estavam fechadas”, comenta.
“Boa parte desse consumo continuará online, já que a experiência de compra tem sido considerada melhor que a das lojas. Avançamos anos em questão de meses. O Covid-19 vem sendo um catalizador de transformações para o varejo brasileiro”, prossegue.