Um notícia falsa que vem circulando nas redes sociais sobre um “Abono Emergencial de Natal” está levando os usuários a clicar em links maliciosos. O golpe pode fazer com que as vítimas contratem serviços sem consentimento, ou que os seus dados pessoais e financeiros sejam roubados.
Segundo analistas da empresa, a fraude se inicia com uma mensagem afirmando que os beneficiários do auxílio emergencial, Bolsa Família, e pensionistas do INSS teriam direito a esse “abono” no valor de R$800.
A mensagem estaria sendo enviada por meio do whatsapp, ainda de acordo com o golpe o dinheiro seria liberado pelo governo federal.
Para que pudesse ter acesso ao falso benefício, os usuários deveriam acessar uma página parecida com a de um banco nacional.
Depois disso, era necessário que o usuário respondesse um questionário e fornecesse os seus dados como nome e CPF.
No final, era preciso confirmar que a pessoa “não é um robô”, o site pede que o usuário clique em um link para compartilhar a sua incrição no Facebook. Além disso, é avisado que será enviado um SMS de confirmação. Veja a imagem:
De acordo com o analista de segurança sênior da Kaspersky, Fabio Assolini, é neste momento que acontece o golpe.
“Ao realizar a suposta confirmação, o usuário estará contratando um serviço pago de telefonia móvel sem saber. A cobrança será feita em sua próxima fatura, e muitos acabam pagando sem nem mesmo perceber. Isso acontece porque os fraudadores estão criando cadastros em plataformas de serviços de valor agregado de operadores e, assim, utilizando a estrutura de cobrança dessas empresas para obter ganhos financeiros”, explica.
Ele ainda disse que “é possível que esse mesmo artifício seja replicado para roubo de dados pessoais ou financeiros, o que é uma preocupação ainda maior agora em que está sendo feito o cadastro para o sistema Pix.”
A nova ferramenta de pagamento não precisa de todos os dados do usuários para que possam ser realizadas as transações.
Segundo o levantamento da Kaspersky, mais de 60% dos brasileiros não sabem reconhecer notícia falsa. A empresa alerta para que os usuários observem os erros de ortografia e direcionamento para um endereço sem nenhuma ligação com o governo.