Segundo o esperado por analistas, a Cielo conseguiu reverter o primeiro prejuízo desde que abriu o capital, obtido no segundo trimestre, para um lucro líquido de R$100,4 milhões no terceiro trimestre. Em comparação ao mesmo período do ano anterior, o resultado representa uma diminuição de 71,5%.
Cielo registra lucro de R$ 100,4 milhões no 3º trimestre
O lucro foi registrado um pouco abaixo da média estimada pelos analistas ouvidos pelo Valor. UBS, Bank of America, Safra e Morgan Stanley esperavam que Cielo registrasse R$109 milhões entre os meses de julho e setembro deste ano.
Prejuízos no segundo semestre de 2020
O prejuízo do segundo trimestre se deve ao impacto da pandemia do novo coronavírus e do isolamento social. De acordo com o Índice de Varejo Ampliado da Cielo (ICVA) o intervalo entre os meses de abril e junho de 2020 teve uma redução nominal de vendas de 29% no comércio em relação ao segundo trimestre de 2019.
No terceiro trimestre, o ICVA apontou um recuo de 12% ante o mesmo período do ano anterior.
“Ao longo do terceiro trimestre de 2020 houve um aumento significativo de volume transacionado pelo varejo, com efeito direto sobre as comissões da Cielo e as receitas de intermediação da Cateno”, disse o relatório da companhia.
A companhia teve ainda um aumento anual de 2,9% nas receitas líquidas consolidadas no terceiro trimestre, que alcançou R$2,882 bilhões.
Volume financeiro transacionado
O volume financeiro transacionado, por sua vez, diminuiu 3,6% ante o terceiro trimestre do ano anterior, obtendo um total de R$165,6 bilhões.
O volume financeiro transacionado foi impactado pela redução de 13,4% nos cartões de crédito na mesma base para um volume de R$90,7 bilhões. Já as operações com cartão de débito registraram alta anual de 11,8%, com um total de R$74,9 bilhões.
Receitas financeiras diminuíram no terceiro trimestre
As receitas financeiras diminuíram de 9,9% para R$41,1 milhões no terceiro trimestre comparado ao trimestre anterior. A Cielo reporta o resultado “ao declínio da taxa do CDI, parcialmente compensado pelo balanço dos investimentos financeiros”.