Diante do cenário causado pela pandemia global, diversas startups tiveram que inovar em seus negócios. Como resultado, foram registradas 100 fusões e aquisições de startups no país até o mês de setembro. Este número foi maior que os anos de 2018 e 2019 acumulados. Estes anos tiveram 27 e 63 registros, respectivamente. Os dados são da empresa distrito.
O terceiro trimestre de 2020 registrou 54 aquisições e fusões, valor mais que duplicado em relação aos outros trimestres. No segundo trimestre, o número foi de 21. Já no primeiro trimestre deste ano, a quantidade foi de 25.
Com relação aos setores mais buscados, o de AdTEch e FinTech tiveram os maiores números, com 15 cada. O setor de T.I. registrou 12 movimentações. Outro destaque foi para o setor de RetailTech, com 11.
A empresa Distrito apontou que as startups que atuam exclusivamente ao público B2B possuem a preferência das corporações para serem investidas, com a parcela de 54,9% dos aportes. Além disso, a quantidade de startups que apresentam solução parcial para o B2B é de 74,7%.
As principais empresas adquirentes de startups este ano são a Magazine Luiza (Estante Virtual, Hubsales, InLoco Media, AiQFome e Stoq), Sapore (Lucco Fit, Shipp, Zaitt) e XP Investimentos (Antecipa, Dm10, Fliper).
Motivos para a alta de investimentos em startups
A Distrito apontou dois motivos para o crescimento dos números dos investimentos, apesar da situação atual do país.
A primeira razão seria por conta de existir startups que são mais propensas à aquisição. Por não terem caixa elevado, se tornam suscetíveis à venda ou fusão.
Entre os motivos citados para o valor menor do caixa, estaria a programação de fundraising para o segundo semestre e a não conclusão de algum processo nos últimos meses. Como resultado, o empreendedor precisa vender a startup e a empresa compradora poderá adquirir com um valor atrativo.
A segunda razão apontada é por conta do impacto em alguns modelos de negócio, por conta da pandemia da covid-19. As empresas mais tradicionais tiveram que acelerar o processo de digitalização durante a fase de maior reclusão.
Por conta disso, as corporações adotaram os processos de aquisição ou fusão. A motivação seria de ampliar o portfólio de serviços, digitalizar a operação e trazer o capital intelectual das pessoas.