Governo divulga série de regras para negociar dívidas com o FIES

Estudantes que estão em atraso com o pagamento do FIES, por conta da pandemia, poderão realizar a negociação da sua dívida.

Governo divulga série de regras para negociar dívidas com o FIES
Governo divulga série de regras para negociar dívidas com o FIES. Imagem/Reprodução Google

A Lei nº 14.024 de 2020 trouxe a possibilidade de suspenção do pagamento do financiamento estudantil até o mês de dezembro.

Além disso, o texto também previa que as dívidas dos estudantes com o ensino superior tivessem condições de negociação.

O acordo poderá ser realizado a partir de 3 de novembro e deve ser solicitado até 31 de dezembro de 2020. Estudantes que não manifestarem o desejo de participar da negociação continuarão com os mesmos encargos atuais e não poderão aderir ao programa de negociação no próximo ano.

Condições Ofertadas

Para a quitação da dívida em uma única parcela, o estudante será contemplado com 100% de redução dos encargos, mas o pagamento precisa ser realizado até o dia 31 de dezembro de 2020.

Terão 60% de desconto nos encargos os estudantes que optarem pela quitação do débito em quatro parcelas semestrais, que duram até 31 de dezembro de 2022 ou aqueles alunos que optarem pelo pagamento em 24 parcelas a serem iniciadas em 31 de março de 2021.

Para os pagamentos que se iniciam em janeiro de 2021 e quitado em 145 parcelas o desconto será de 40%; enquanto que na negociação em 175 parcelas será concedido um desconto de 25% no saldo devedor.

É importante que os estudantes entendam que os débitos contratuais continuarão a ser cobrados nas dívidas e que as parcelas não podem ser menores que R$ 200.

Os estudantes só poderão realizar uma negociação em todo o programa e, caso não paguem 3 parcelas seguidas, o estudante perderá o desconto concedido nas parcelas e retornará aos valores habituais.

Em 2020 a inadimplência do FIES aumentou

Em pesquisa realizada descobriu-se que cerca de 790 mil contratos do Fies estejam com, pelo menos, 90 dias em atraso. Em todo o ano de 2019 foram registrados 434 mil contratos em atraso.

A pandemia fez aumentar a inadimplência no financiamento estudantil em 82%, e é justamente a esse público que essa negociação é voltada.

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Jamille Novaes
Baiana, formada em Letras Vernáculas pela UESB, pós-graduada em Gestão da Educação pela Uninassau. Apaixonada por produção textual, já trabalhou como corretora de redação, professora de língua portuguesa e literatura. Atualmente se dedica ao FDR e a sua segunda graduação.