Dólar abre o dia instável em decorrência da política mundial; veja detalhes

O dólar abre o dia instável nesta quinta-feira (22), com o mercado externo de olho no pacote de estímulos dos EUA cada vez mais próximo de sair, enquanto o interno está atento às discussões políticas sobre a vacina da China. Por volta das 9h30, a moeda norte-americana operava em leve alta de 0,21% e reverteu para uma queda de 0,16% às 9h40, sendo negociada a R$ 5,598.

Dólar opera instável na manhã desta quinta-feira com os investidores de olho no pacote de estímulos dos EUA e a discussão sobre a vacina da China
Dólar opera instável na manhã desta quinta-feira com os investidores de olho no pacote de estímulos dos EUA e a discussão sobre a vacina da China (Imagem: Reprodução/Google)

Cenário externo

As negociações do pacote de estímulos trilionário, como auxílio à crise da Covid-19, aos Estados Unidos, sofreram uma reviravolta na manhã desta quarta-feira (22). O presidente, Donald Trump, acusou os democratas de não estarem dispostos a realizar um acordo aceitável.

Nesta terça-feira (21), Drew Hammil, porta-voz de Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Deputados, havia publicado em sua conta que a presidente e o secretário do Tesouro, Mnuchin conversaram às 14h30 por quase 50 minutos e estavam próximos de “sacar a caneta e o papel e escrever a nova legislação”.

Mesmo com o otimismo na publicação de Hammil, por volta das 9h00, as bolsas de valores mundiais não apresentaram variações positivas:

•  Nova York (S&P 500): -0,16%
•  Nova York (Dow Jones): -0,15%
•  Nova York (Nasdaq): -0,15%
•  Frankfurt (DAX 30): +0,10%
•  Reino Unido (FTSE 100): +0,21%
•  Paris (CAC 40): +0,18%
•  Itália (FTSE MIB): +0,23%
•  Japão (Nikkei): -0,52%
•  Hong Jong (Hang Seng): +0,80%

Cenário nacional

Os investidores locais estão atentos ao embate político sobre a vacina chinesa contra a covid-19. Nesta última quarta-feira (21), o governo federal anunciou a compra de 46 milhões de doses da vacina CoronaVac, que vem sido produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, havia anunciado que, quando comprovada sua eficácia, o imunizante seria distribuída em todo o Brasil através do Programa Nacional de Imunizações (PNI). No entanto, o presidente Jair Bolsonaro desautorizou o Ministério da Saúde e publicou em seu Twitter que a referida vacina não será adquirida e que o povo brasileiro não servirá de ‘cobaia’.

Apesar da publicação de Bolsonaro, o Ministério da Saúde não rompeu o trato para compra da vacina chinesa com valor estimado em R$ 1,9 bilhão.

Outro embate político acontece sobre a obrigatoriedade da vacina. O atual governador de São Paulo, João Doria, afirma que a vacinação será obrigatória no estado. Já Bolsonaro, afirma que não será obrigatória a nível federal.

Última cotação do dólar

Na última sessão desta quarta-feira (21), o dólar encerrou estável com uma leve alta de 0,05% frente ao real, sendo negociado a R$ 5,614.

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