Itaú lança aplicativo de investimentos íon para bater de frente com outras corretoras

O Itaú Unibanco entrou no mundo de aplicativos de investimento com o íon. Ele vai estar disponível de início somente para correntistas do banco no mês de novembro, tendo como chaves de acesso às mesmas senhas do aplicativo do Itaú. A projeção para a plataforma é ampliá-la para qualquer cliente ao fim do primeiro semestre de 2021.

Itaú lança aplicativo de investimentos íon para bater de frente com outras corretoras
Itaú lança aplicativo de investimentos íon para bater de frente com outras corretoras (Foto: Google)

“A grande maioria dos clientes preferem um aplicativo separado para investimentos. Querendo ou não, as pessoas já têm um segundo aplicativo da corretora ou do home broker. Investimentos já têm tantas funcionalidades que merecem um app por si só. O cliente já separou o banco de corretora”, disse Claudio Sanches, diretor de produtos de investimento e previdência do Itaú.

O lançamento da plataforma foi visto pelo mercado como mais uma ofensiva contra a XP, uma vez que o projeto possui como objetivo ganhar espaço no campo das corretoras, que, geralmente, disponibilizam produtos mais baratos.

O íon iniciou a sua atividade no mês de setembro de 2019 por um time de 11 funcionários. Atualmente, são 150.

Em junho de 2020, o Itaú veiculou campanha publicitária com críticas ao modelo de corretoras e agentes autônomos, ocasionando em uma reação por parte da XP, a qual o maior banco privado do Brasil é sócio, ao que o Itaú se defendeu e disse que a corretora também é uma concorrente.

“Desde 2017 temos uma estratégia muito bem definida, com vários pilares. Começou com prateleira, precificação, comunicação e o digital. Essa estratégia surgiu e foi desenhada com base na movimentação de mercado e com o surgimento de vários competidores que trabalham de uma maneira diferente que os bancos trabalhavam no passado”, disse Sanches. Prateleira é a oferta feita de produtos financeiros de terceiros, como um fundo de uma outra gestora.

O executivo diz que o íon foi feito com uma metodologia colaborativa parecida com a de startups e é um produto viável mínimo (MVP), ou seja, vai ser lançado em sua versão simples, para sempre receber atualizações.

“Sabemos que vamos ter reclamação, porque há coisas que não estão prontas ainda, mas isso é bom, porque saberemos que aquilo é importante para o cliente”, afirma o diretor.

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