Atendimento das perícias médicas em Sergipe conta com mais de 24 mil pessoas nas filas de espera. Nessa semana, o gerente executivo do INSS SE informou que as unidades do órgão estão com as agendas lotadas durante os próximos seis meses. O motivo para tal fila de espera diz respeito ao período de atividades paralisadas por causa do novo coronavírus. Abaixo, saiba como anda os serviços da região.
Com a liberação para reabrir as agências do INSS de todo o país, muitos brasileiros passaram a realizar seus agendamentos para fazerem as perícias médicas.
Em Aracaju, com menos de um mês de retorno, as unidades do órgão já estão com as agendas superlotadas, apresentando indícios de uma possível nova crise para a concessão dos benefícios.
Raimundo Britto, gerente executivo do INSS no estado, explicou que o volume de cidadãos agendados é maior do que a capacidade de recepção destes. Atualmente, as unidades estão funcionando com um horário reduzido, diminuindo também o fluxo de pessoas para evitar uma contaminação por covid-19.
Ele explica que estão recebendo apenas 14 segurados por dia, o que contabiliza uma média de 126 atendimentos diários em todo o estado, sendo o insuficiente para suprir as necessidades da população.
“Temos seis médicos na agência Siqueira Campos e três na Ivo do Prado. cada médico perito atende de 12 a 14 pessoas por dia. Os agendamentos estão normais com agenda lotada todos os dias”, afirma.
Até o momento apenas 900 perícias foram realizadas de um total de 24 mil agendamentos.
Perícias com número de profissionais reduzidos
Um dos agravantes desta situação diz respeito a quantidade reduzida no número de peritos para a realização dos exames.
No estado inteiro, são registrados 23 médicos parceiros do INSS, mas apenas 9 estão em serviço tendo em vista os critérios sanitários instaurados pela pandemia.
“Com o retorno do atendimento presencial nas agências, nove peritos retornaram ao trabalho. Um médico perito está de licença médica, não sei quando retorna ao trabalho, e os demais se enquadram no grupo de risco. Então, só poderão voltar a atender quando saírem do grupo de risco ou quando acabar a pandemia”, explica.