Bolsa Família segue sendo o responsável por reduzir o índice extrema de pobreza no Brasil. Considerado o principal programa social nacional, o BF está em pauta no governo federal sob a possibilidade de cancelamento. A ideia da atual gestão é desenvolver um novo projeto para os brasileiros de baixa renda, mas é preciso ficar atento as políticas públicas internas ofertadas atualmente. Abaixo, saiba como o atual programa erradica a pobreza.
Pesquisas mostram que o Bolsa Família diminui em 10% o índice de desigualdade social em todo o território nacional.
Posto em funcionamento no governo Lula, o programa beneficia mais de 13 milhões de famílias que possuem uma renda per capita inferior há R$ 400. Além de oferecer recursos mensais, ele também abarca uma série de outras políticas públicas.
Pesquisadores da área de sociologia afirmam que o atual modelo do projeto deve ser visto como mais que uma política financeira, uma vez que para que o valor seja recebido pelo cidadão ele deve cumprir uma série de normas.
A participação de crianças e adolescentes nas escolas com uma frequência de 85% está entre as ações de maior destaque do programa.
Além disso, ele também se integra ao SUS. Obrigando os segurados a terem os exames médicos atualizados frequentemente. Crianças precisam ter as carteiras de vacina em dia, gestantes ganham o acesso completo ao pré-natal, tudo isso através das normas de recebimento do Bolsa Família.
Desse modo, defende-se a existência de um programa social que faça mais do que liberar recursos, mas que forneça condições mínimas de igualdade entre os mais pobres e mais favorecidos.
Trata-se de uma política pública de inclusão de um grupo sacrificado em espaços e realidades não possíveis de serem alcançadas se não fossem segurados pelo projeto.
Afirmações de conforto no projeto não são viáveis
O sociólogo Floriano Pesaro, reforça que a ideia de que o segurado do Bolsa Família não tem o interesse em sair do programa e arrumar um emprego é inviável.
Ele reforça que, apesar dos benefícios ofertados, a quantia é insuficiente para garantir questões básicas de melhoria de vida. Dessa forma, a principal crítica ao programa não se sustenta.
“Quanto maior era a família, maior era a chance de entrar no programa, pois era a renda da família dividida pelo número de familiares que importava. No entanto, mesmo considerando a renda per capita, o recurso dado nunca foi relevante a ponto de animar alguém a fazer mais um filho por conta disso. Esse raciocínio nunca foi, de fato, comprovado”, explica Pesaro.