Indústria registra faturamento superior ao período de pré-pandemia em agosto

Nesta terça feira (6) a Confederação Nacional da Indústria (CNI) indicou que a indústria teve crescimento no faturamento real maior que na fase de pré-pandemia. Entre maio e agosto o aumento foi de 37,8%. Além disso, a emprego indústria registrou saldo positivo e a Utilização da Capacidade Instalada demonstrou reação e quase volta ao nível anterior à crise.

Indústria registra em agosto faturamento superior ao período de pré-pandemia
Indústria registra em agosto faturamento superior ao período de pré-pandemia (Imagem: Arquivo/Agência Brasil)

De acordo com a pesquisa Indicadores Industriais, o faturamento em agosto foi 2,3% superior ao de julho. Na comparação com abril, que teve a maior perda na pandemia, o crescimento teve alta de 37,8%.

Por conta dos problemas causados pela crise este ano, o resultado acumulado em 2020 permanece 3,9% menor que o mesmo período do ano anterior.

Pela primeira vez no ano o emprego industrial registrou crescimento, no valor de 1,9%. Sendo assim, os números chegam próximo ao anterior da crise. Entre julho e agosto as horas trabalhadas aumentaram em 2,9%. Na relação de abril até agosto, os números chegaram a 25,1%.

A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) registrou 78,1% em agosto, com o valor de 0,8 ponto percentual inferior ao período de fevereiro deste ano. Sobre a massa salarial, a alta foi de 4,5% em agosto em relação a julho.

Apesar deste último crescimento, os valores estão bem inferiores ao período anterior da pandemia. De acordo com a nota, “algumas empresas ainda estão adotando suspensão de contrato ou redução de jornada com redução de salário”.

Além disso, o rendimento médio real pago aos trabalhadores registrou 2,8% a mais que julho, após o ajuste sazonal. No entanto, ao comparar com o rendimento de agosto do ano passado, o número foi 2,2% menor.

Como explicação, a CNI argumenta que o rendimento médio também foi afetado pelos acordos de reduções de jornada ou suspensão de contrato.

Retomada da atividade

Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, explica que a recuperação da atividade industrial aconteceu em formato de “V”. Ou seja, após uma queda considerável, houve um crescimento em larga escala.

“Importante é que a alta da atividade veio acompanhada pelo crescimento do emprego, o que sugere maior confiança do empresário” afirma, em nota divulgada.

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Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.
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