Dia das Crianças: Vendas devem cair 4,8% em comparação com o ano passado

De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), as vendas no comércio varejistas devem ter uma queda de 4,8% durante o Dia das Crianças deste ano. Esta seria a primeira retração desde 2016, na qual foi registrada uma diminuição de 8,1%. Segundo a confederação, a celebração é a terceira mais importante do ano, atrás somente do Natal e Dia das Mães.

Vendas no Dia das Crianças devem cair 4,8% em comparação com o ano passado
Vendas no Dia das Crianças devem cair 4,8% em comparação com o ano passado (Imagem: Idelfonso Pinheiro)

A previsão de movimentação financeira para este ano é de R$ 6,2 bilhões. Desse valor total, o estado de São Paulo deve girar R$ 1,77 bilhão. Minas Gerais tem a previsão de R$ 667,3 milhões. Depois, Rio de Janeiro tem a previsão de movimentação de R$ 514,1 milhões. Logo após, Rio Grande do Sul, tem a expectativa de R$ 454 milhões.

A projeção para a data é de aumento de 3,14% sobre os produtos relacionados. No entanto, dos onze itens listados, cinco devem estar com o preço menor em relação ao ano anterior. Os bens e serviços com baixa são os brinquedos (-7,5%), sapato infantil (-5,8%), tênis (-3,1%), roupa infantil (-2,6%) e cinema e teatro e concertos (-0,2%).

Com relação aos principais setores que deverão ter queda, está o de brinquedos e eletrônicos, com o captação de R$ 1,3 bilhão em vendas e perda de 2,5%. Livrarias e papelarias deve somar R$ 48,1 milhões, mas com diminuição em 9,9%. Já as lojas de vestuário e calçados devem captar R$ 489 milhões e queda de 22,1%.

Dificuldades de crescimento durante a pandemia

“O processo de resgate do nível de atividade do varejo desde o início da recessão provocada pela pandemia de covid-19 ainda não está completo em diversos segmentos do varejo, especialmente naqueles três segmentos em que as perdas são esperadas”, afirma Fabio Bentes, autor do estudo da CNC.

“O travamento do mercado de trabalho, com desemprego em alta, aumento da informalidade e subutilização da força de trabalho, ainda é um desafio para o setor não apenas para esta data comemorativa, mas para as demais deste ano”, prossegue.

Outro motivo levantado por Bentes é a diminuição do valor a ser pago do auxílio emergencial, de R$ 600 para R$ 300.  Apesar do cenário atual de juros baixos e inflação, as vendas deverão ter dificuldades para alavancarem.

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Silvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.