O Goldman Sachs divulgou no último domingo (04) um relatório prevendo um crescimento da produção de petróleo no Brasil até 2022. Segundo o grupo financeiro multinacional, o país deve atingir 3,5 milhões de barris por dia, ante 3,3 milhões de bpd no início de 2020, já levando em consideração os efeitos da recente revisão no portfólio de projetos da Petrobras (PETR4).
“Em nossas previsões, a produção deve ficar em média em 3,2 milhões / 3,4 milhões de barris por dia em 2021 e 2022 e atingir 3,5 milhões de bpd em dezembro de 2022, uma vez que os navios-plataforma (FPSOs) continuam a entrar em operação”, disseram os analistas da Goldman Sachs.
A Petrobras envolverá quatro FPSOs na Bacia de Santos e um na Bacia de Campos, além de um desenvolvimento no campo de Peregrino. O prazo para que os navios-plataforma comecem a operar são entre 12 a 15 meses, ante 24 meses da previsão anterior, anunciaram os analistas.
Há ainda mais sete FPSOs adicionais que devem ser acionados até 2024.
O relatório indicou que a pandemia do coronavírus prejudicou a produção de petróleo no Brasil, quando cerca de 250 mil barris por dia foram afetados, em maio, pela desativação de 62 campos em águas rasas.
“Acreditamos que esses fechamentos somam, hoje, apenas 70 mil barris por dia, e assumimos que 20 mil bpd em capacidade produtiva serão definitivamente perdidos”.
O Goldman Sachs anunciou também que a Petrobras continuará investindo em novos navios-plataforma a fim de desenvolver áreas arrematadas no leilão dos excedentes do ano passado. A estatal contratará três novos FPSOs que começarão a operar entre 2024 e 2025 no campo de Búzios.
Entre os processos, está incluso, também, um navio-plataforma que seria um dos maiores do mundo, confirmando a previsão que a companhia petroleira deve seguir aumentando sua produção a partir do ano de 2023.