Setor de serviços volta a crescer no Brasil após relaxamento das medidas de isolamento

Nesta segunda-feira (05), a pesquisa do Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) apontou que em setembro deste ano, o setor de serviços brasileiros voltou a apresentar um crescimento após seis meses de retração, diante da reabertura de empresas depois do período de relaxamento das medidas preventivas ao Covid-19.

Setor de serviços volta a crescer no Brasil após relaxamento das medidas de isolamento
Setor de serviços volta a crescer no Brasil após relaxamento das medidas de isolamento (Foto: Google)

O levantamento feito pela pesquisa mostrou que o PMI de serviços do território nacional aumentou em 50,4 no mês de setembro, de 49,5 em agosto, estando pela primeira vez acima da marca de 50, que desde o mês de fevereiro separa crescimento de contração.

“Os dados para setembro destacaram sinais preliminares de uma recuperação no setor de serviços do Brasil, após seis meses de contração devido à pandemia de Covid-19”, afirmou a diretora associada de economia do IHS Markit, Pollyanna De Lima.

Porém, o IHS Markit, que faz a pesquisa, ressaltou que o dado aponta somente a taxa marginal de expansão, já que algumas empresas mostraram uma atividade menor em suas unidades, com entrevistados apontando término de contratos, desemprego alto e impacto prolongado da pandemia na demanda por seus serviços.

Desempenho no mês de setembro

Apesar desses fatores, o mês de setembro obteve o destaque de novos trabalhos e otimismo sustentado pelas empresas. 

As novas encomendas aumentaram pelo segundo mês seguido diante da reabertura do mercado, apesar da taxa de crescimento ter sido moderada. Já os novos trabalhos do exterior apresentaram uma queda, chegando a nove meses seguidos de contração, no mais fraco ritmo de perdas desde fevereiro. 

As empresas de serviços observaram seus custos subirem novamente no mês de setembro, com evidências mostrando preços maiores de energia, alimentos, combustíveis, materiais de higiene e proteção pessoal. As empresas absorveram os custos adicionais e diminuíram os preços cobrados, mas a custa de nova diminuição nas folhas de pagamento. 

A baixa no emprego do setor de serviços foi marcante em setembro, porém a mais fraca desde que a atual sequência de diminuições se iniciou, no mês de março.  

Desta forma, muitos fornecedores de serviços do Brasil mantém expectativas de que uma vacina para a Covid-19 será possível dentro dos próximos 12 meses, o que resultaria no crescimento da produção.