Auxílio emergencial foi única fonte de renda para 4,2 milhões de famílias em agosto

De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mais de quatro milhões de famílias passaram o mês de agosto apenas com o recebimento do auxílio emergencial. O Nordeste é a região que mais concentra domicílios que dependem exclusivamente da ajuda financeira dada pelo Governo.

Auxílio emergencial foi única fonte de renda para 4,2 milhões de famílias em agosto
Auxílio emergencial foi única fonte de renda para 4,2 milhões de famílias em agosto (Imagem: reprodução Google)

Na última terça-feira (29) o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada divulgou uma pesquisa sobre a renda familiar dos brasileiros durante a pandemia e constatou que 4,2 milhões de domicílios tiveram apenas com renda mensal em agosto o auxílio emergencial.

Ainda sobre os dados, o Instituto informa que o benefício dado pelo Governo Federal fez com que a renda das famílias mais pobres tivesse um aumento de 132%. O Nordeste é a região que mais concentra domicílios que tiveram apenas o auxílio emergencial para se sustentar durante o mês de agosto.

Os estados do Piauí e da Bahia ultrapassaram a marca de 13% do total de famílias que dependem exclusivamente do auxílio emergencial para o sustento da casa. O Ipea também observou que essa ajuda financeira tem contribuído em 41% a perda salarial entre os trabalhadores que permaneceram em seus empregos durante o mês de agosto.

Segundo Sandro Sacchet, autor da pesquisa, “o papel do Auxílio Emergencial na compensação da renda perdida em virtude da pandemia foi proporcionalmente maior do que no mês anterior”.

Em agosto, os trabalhadores brasileiros receberam 89,4% dos rendimentos habituais, ou seja, R$ 2.132 em média, sendo eu a média da renda habitual são de R$ 2.384. No mês de julho o percentual era de 86,1%.

Esse aumento também é perceptível entre os trabalhadores do setor privado que não possuem carteira assinada, pois receberam em agosto 86,1% do habitual, sendo 1,1% a mais que o mês anterior.

Os trabalhadores do setor privado com carteira e funcionários públicos recebem mais de 94% do rendimento habitual, já que possuem maior segurança devido ao formato de trabalho ou os acordos instituídos para redução de jornada de trabalho e salário.

Mesmo assim, segundo o Instituto, o rendimento maior foi entre os trabalhadores por conta própria, já que em agosto receberam 76% do habitual, contra 72% em julho. Os rendimentos médios para essa categoria é de R$ 1.486.

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Glaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.