Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o impacto da pandemia tirou até um quarto da renda dos brasileiros. O prejuízo foi maior para os empregados que não possuem o ensino médio.
De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), organizados pela consultoria IDados a queda no rendimento dos trabalhadores foi ainda pior para aqueles que não possuem nem o ensino médio completo.
Segundo os dados do Pnad, os trabalhadores que não possuem ensino médio têm sofrido com uma queda de 25% do que costumava ganhar no fim do mês durante o primeiro semestre de 2020. Essa redução acontece devido ao acordo de diminuição na jornada de trabalho e no salário em troca de permanecer no emprego.
“É o lado sombrio de toda crise econômica: quem estudou menos é mais vulnerável no mercado de trabalho, o primeiro que teve o contrato suspenso e redução de jornada. E é ainda mais grave, ao se levar em conta que são essas pessoas que mais dependem do trabalho para sobreviver”, avalia o pesquisador Matheus Souza, da IDados.
Em maio, todos os graus de instrução sofreram com os impactos da pandemia de Covid-19. A perda de renda pelo trabalho para os trabalhadores sem instrução ao médio incompleto a queda foi de 25%.
Os trabalhadores que possuem do médio completo ao superior incompleto tem uma queda menor, de 20%. A queda na renda se torna ainda menor para os trabalhadores que possuem superior completo ou pós-graduação, sendo 14%.
A pesquisa também mostrou a porcentagem de trabalhadores pelo grau de instrução, segundo os dados, a configuração é a seguinte:
- Sem instrução ao fundamental incompleto: 14,9%;
- Fundamental completo ao médio incompleto: 12,4%;
- Médio completo ao superior incompleto: 34,3%;
- Superior completo ou pós-graduação: 19,9%.
De acordo com os dados do Pnad, a média na perda de renda pelo trabalho durante o mês de maio, em plena pandemia, foi de 18%. Dessa maneira, fica perceptível que quanto menor o grau de instrução maior é a queda de renda mensal.
Em junho, essa média passou para 17% e em julho, com a retomada gradual da economia, a queda reduziu para 13%.