Antes de realizar o financiamento imobiliário, muitas pessoas ficam em dúvida sobre qual banco e qual modalidade escolher. Atualmente, a taxa Selic está em baixa e os juros são bastante chamativos. No entanto, a pessoa interessada precisa avaliar bem para não ter prejuízos de longo prazo. Confira, a seguir, qual o financiamento pode ser mais vantajoso.
O InfoMoney realizou uma simulação par saber qual seria o melhor financiamento imobiliário. Foi analisada a Caixa na modalidade IPCA, Itaú na Poupança, Caixa, Itaú, Santander e Bradesco pela Taxa Referencial (TR).
O primeiro cenário analisado foi de um imóvel de R$ 500 mil, com o financiamento de R$ 400 mil, no prazo e idade de 30. A taxa Selic foi a 3,66% e o IPCA a 2,94%. Quem obteve o melhor resultado Foi a Caixa na modalidade atrelada ao IPCA. As taxas de juros foram de 5,89%, com o Custo Efetivo Total (CET) de 6,43% e valor total de R$ 789.293.
Logo após, teve o Itaú na poupança, com juros de 6,05%, CET de 6,43% e valor total de R$ 798.421. O banco que teve a menor vantagem foi o Bradesco pela TR, com taxa de juros a 7,50%, CET de 8,27% e valor total de R$ 880.576.
No segundo cenário, foram analisadas com as mesmas condições do imóvel, no valor de R$ 500 mil, mas com Selic a 8,6% e IPCA a 7%. A Caixa na modalidade TR teve os melhores números, com juros de 6,50%, CET de 7,09% e valor total de R$ 824.027.
O segundo melhor foi o Itaú na TR, com juros de 6,90%, CET de 7,56 e o valor total de R$ 846.705. O pior saldo foi do banco Itaú pela poupança. Os juros foram de 10,13%, CET de 10,67% e valor total de R$ 1.027.342.
Cabe ressaltar que as taxas devem ter alterações ao longo dos anos. Sendo assim, a análise pode tomar rumos diferentes dos números apresentados. Por isso deve-se pensar com calma antes de tomar a decisão do financiamento.
O especialista em mercado imobiliário, Marcelo Prata afirma que “os financiamentos corrigidos pelo IPCA ou pela poupança seriam uma boa opção se a economia se mantiver nesses patamares, mas é apostar no futuro”.
“Estamos no Brasil e sabemos que não dá para esperar uma estabilidade por um período tão longo. Vale a pena não arriscar no IPCA e pegar a taxa prefixada mais TR que será mais vantajosa com o passar do tempo. O cenário B comprova a vantagem de optar por um indexador menos volátil no longo prazo: é tentar evitar dívidas mais caras”, completa.
Detalhes importantes
Antes de optar pela modalidade, confira o CET, pois essa taxa mostra o valor definitivo que saíra do investimento. Outra opção para evitar taxas indesejáveis no futuro é a portabilidade para outro banco.