Fechadas desde março para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus, as agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) do Distrito Federal reabriram no dia 14 de setembro, entretanto sem o serviço de perícia médica. A categoria, em todo o Brasil, alega que as unidades não estão adequadas com as normas de segurança e equipamentos de proteção necessários para atendimento ao público.
O presidente do INSS, Leonardo Rolim, alega que 169 agências em todo o país foram inspecionadas e cumpriam os requisitos para o retorno do atendimento presencial. Os médicos peritos foram informados da liberação dos consultórios e da abertura da agenda.
Das seis unidades da capital, apenas o do Setor Comercial Sul (SCS) e a de Taguatinga realizaram a perícia médica. No dia 15 de setembro, o posto da Asa Sul passou por vistoria na presença do presidente do INSS, entretanto os peritos não retornaram ao trabalho no dia seguinte, conforme prometido.
Nesta segunda-feira (21), a Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP) realiza uma nova vistoria nas unidades de Brasília para avaliar as condições sanitárias e, então retomar o atendimento.
Enquanto isso não acontece, a população segue prejudicada sem poder retornar ao trabalho, ter o seu auxílio liberado ou conseguir a aposentadoria. Aqueles que procuraram as agências tiveram que retornar para suas casas sem a perícia realizada.
Desobediência gera consequência
Não somente os segurados são prejudicados pelo não-cumprimento da exigência do INSS. A falta dos médicos peritos gera também um corte no salário dos mesmos.
A Secretaria de Previdência do Ministério da Economia deixou claro que os profissionais que não fossem presencialmente atender os segurados levariam falta e teriam desconto no salário.
As consultas que estavam agendadas precisaram ser adiadas e marcadas em uma nova data pelos segurados. Normalmente, depende da perícia o segurado que teve um requerimento negado ou adoeceu recentemente.
Enquanto os profissionais não voltam, as agências contam com filas enormes dos segurados que aguardam atendimento da perícia com documentos em mãos, mas o INSS frisa que, de qualquer forma, os agendamentos precisam, antes, ser marcados pelo aplicativo do Meu INSS, disponível gratuitamente nos sistemas iOs e Android.