O Bradesco fechou um acordo com seus funcionários e deseja adotar o trabalho remoto de forma permanente, segundo um executivo de recursos humanos do banco. Apoiado pelo sindicato dos bancários, o acordo determina que os trabalhadores possam ser alocadas para trabalhar de casa por quantos dias acordarem com o banco.
O segundo maior privado do país hoje, tem aproximadamente 97 mil funcionários e, atualmente mais de 90% da sua equipe administrativa e metade daqueles alocados em agências estão trabalhando em home office. Tal plano foi adotado devido aos impactos provocados pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
O Bradesco é a primeira instituição financeira a fechar esse tipo de acordo. A ideia é que os trabalhadores trabalhem em suas casas uma média de uma semana por mês, de modo permanente. Essa nova opção atrairá pessoas que moram distantes dos escritórios do Bradesco, disse o diretor de RH Juliano Marcílio.
Segundo o presidente do banco, Octavio de Lazari, essa movimentação permitirá que o banco economize no aluguel, reduza seus custos (menos espaços, seguranças, carros blindados) e possa vender alguns móveis e imóveis.
Para os funcionários que cumprirem uma jornada superior a 50% remotamente, o banco oferecerá cadeiras e uma ajuda de custa de cerca de R$ 1.000 reais, visando cobrir contas de consumo, como internet e energia.
Como ficarão as agências?
Cerca de 700 das 4.100 agências bancárias do Bradesco serão renovadas ainda neste ano. Buscando concentrar mais na geração de negócios, como a vendas de produtos e serviços. Durante os próximos dois anos, mais agências serão renovadas.
Porém, apesar das renovações, o banco fechará, ainda neste ano, cerca de 400 agências.
Home office
Em uma recente pesquisa divulgada por uma plataforma, para 96,7% dos profissionais entrevistados, o benefício de trabalhar de casa passou a ser um diferencial na hora de escolher a empresa onde desejam trabalhar. Já 94,2% dos trabalhadores com carteira assinada gostariam de continuar trabalhando remotamente mesmo após a pandemia.
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